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Rádio Costa Oeste
A paraguaia que esperou quase um mês para repatriar o corpo do marido, conseguiu passar a Ponte Internacional da Amizade na tarde de terça-feira (28). A mulher e os cinco filhos foram para São Paulo para acompanhar o marido que fazia um tratamento contra leucemia.
O homem morreu no dia 31 de março e no dia 2 de abril chegou a Foz do Iguaçu. Desde então a mulher esperava liberação do setor migratório paraguaio para voltar ao país com o corpo do marido. Ela lamentou o transtorno que passou devido aos protocolos adotados pelo Paraguai por causa da pandemia de novo coronavírus.
“No dia 3 de abril me apresentei ao consulado e fui recebida pelo cônsul apenas no dia 24. Agora conseguimos passar, após muita espera, muita burocracia, um verdadeiro calvário. Foi muita angustia e desespero durante o tratamento do meu esposo, seu falecimento e depois quando ficamos parados em Foz do Iguaçu”, disse a mulher.
A paraguaia contou que ficou este tempo hospedada na casa de uma amiga brasileira da família em Foz do Iguaçu, próximo a Ponte da Amizade. “Não saíamos de casa porque minha filha é asmática e não queríamos nos arriscar. A senhora que nos deu hospedagem me acompanhou em todos os momentos”, contou.
A família da cidade paraguaia de Villarica, desde 2019 viajava a cada seis meses para São Paulo onde o marido realizava tratamentos de quimioterapia e radioterapia, contra uma leucemia. Após retornar ao Paraguai por 15 dias antes da continuidade do tratamento, o médico sugeriu que os filhos fossem juntos para acompanhar o pai, já com diagnóstico maligno. “O desejo dele era voltar ao Paraguai, então fizemos toda a preparação do corpo para traze-lo de volta”, disse a esposa.
Fonte: Rádio Cultura Foz