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Boletim agropecuário destaca exportação do complexo soja

Documento publicado semanalmente pelo Deral mostra os ganhos de produtores e do Estado do Paraná com exportações

Boletim agropecuário destaca exportação do complexo soja

O Boletim Semanal, elaborado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, sobre a situação dos principais produtos agropecuários paranaenses, destaca nesta sexta-feira (17) a exportação paranaense do complexo soja.

As exportações desse complexo, que envolve o produto em grão, o óleo e o farelo, alcançaram US$ 3,26 bilhões nos seis primeiros meses do ano. O valor é 30% superior ao do mesmo período do ano passado. Em termos de volume, foram 9,42 milhões de toneladas enviadas ao Exterior.

A soja em grão é responsável por mais de 79% da exportação do complexo. No primeiro semestre, o Paraná enviou ao Exterior 7,45 milhões de toneladas do grão. Somente esse componente rendeu US$ 2,53 bilhões, valor 51% superior aos US$ 1,68 bilhão do mesmo período de 2019.

De acordo com o boletim, entre os fatores que motivaram o avanço estão a maior oferta de soja paranaense nesta safra e a relação cambial mais favorável para as exportações brasileiras neste ano. A China foi o principal destino da soja do Paraná, seguida do Paquistão e Bangladesh.

MILHO E TRIGO - O boletim antecipa o avanço na colheita do milho nos próximos dias, caso se confirme a previsão de tempo mais firme. Até agora, foram colhidos 11% da área de 2,3 milhões de hectares. O Paraná é o segundo maior produtor nacional e a previsão para esta safra é de 11,4 milhões de toneladas.

O clima mais seco também deve beneficiar a conclusão do plantio de trigo no Estado. Sem previsão de geada no curto prazo, mantém-se a expectativa de se atingir 3,7 milhões de toneladas do produto, o que pode ser determinante no controle de preços de panificados.

FRUTICULTURA E MANDIOCA - Em fruticultura, o boletim traz análise econômica e social sobre o hábito, reforçado pelo isolamento social, do consumo de alimentos industrializados e semiprocessados. E acentua que a recomendação da Organização Mundial da Saúde é por uma dieta balanceada de frutas e hortaliças, com vistas a melhorar a imunidade e resistência física.

A cultura da mandioca teve um primeiro semestre bastante conturbado. Nos primeiros três meses, a falta de chuva dificultou o arranquio. Depois, à seca somou-se a pandemia e a dificuldade de trabalho de campo, em razão da complexidade do transporte. Com isso, aumentaram os custos e reduziu-se o fornecimento às indústrias. Com a recente flexibilização, o setor voltou a funcionar e há reação na demanda pelo produto.

OUTROS PRODUTOS – O boletim traz análise sobre a produção do leite, particularmente no Sudoeste do Estado. A região é a maior produtora e tem investido bastante na melhoria da qualidade do produto e genética do rebanho.

São encontradas, ainda, informações a respeito da produção crescente da avicultura de corte brasileira e, particularmente do Paraná, primeiro produtor e líder na exportação, com 40,3% do volume enviado ao Exterior.

A apicultura, que está em entressafra, também é assunto desta edição do boletim. Assim como a olericultura, particularmente a produção de batata, e a cultura do feijão, que tem colheita da segunda safra e está em desenvolvimento da terceira.

Confira o boletim: http://www.agricultura.pr.gov.br/Pagina/Conjuntura-Boletim-Semanal-112020

Fonte: AEN