106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Deputados federais que representam o Paraná em Brasília discutem junto ao governo estadual o formato das concessões de rodovias que fazem parte do Anel de Integração. As empresas que forem contratadas irão gerenciar as rodovias a partir do ano que vem e seguirão pelos próximos 30 anos.
O modelo que está sendo estudado em conjunto com a União prevê um leilão de forma híbrida. A intenção é reduzir os preços dos pedágios praticados atualmente. As empresas interessadas poderão oferecer mais descontos tarifários até atingir um teto. Se todas as concorrentes alcançarem esse teto, a disputa será pela maior outorga.
De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o projeto passa por ajustes para ai então ser apresentado e debatido em consultas públicas. (Áudio abaixo)
O programa de concessões rodoviárias do Paraná deve incorporar ao Anel de Integração original – que já possui dois mil e quinhentos quilômetros de rodovias federais e estaduais – pelo menos mais mil e trezentos quilômetros. O modelo busca evitar que o contrato com as concessionárias se torne impraticável.
O estudo preliminar prevê pelo menos R$ 40 bilhões de investimentos em operação, além de R$ 42 bilhões em obras que se concentram nos primeiros anos de contrato. Uma reunião com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, já foi agendada para apresentar as demandas e as dúvidas dos parlamentares paranaenses. O estudo para o modelo de concessão é encabeçado pela Empresa de Planejamento e Logística S.A, em parceria com o IFC, braço de projetos do Banco Mundial. O desenho final do Anel de Integração será divulgado apenas no ano que vem, depois das consultas públicas, quando será encaminhado para licitação. As novas gestões assumem já a partir de novembro de 2021, quando vencem os contratos assinados nos anos 90.
Concessionárias que atualmente operam em trechos do Anel de Integração do Paraná são alvo de processos da Operação Lava Jato. Segundo denúncias do Ministério Público Federal, R$ 8,4 bilhões teriam sido desviados de obras rodoviárias e também do aumento de tarifas em praças de pedágio. De acordo com o MPF, o esquema envolveu o pagamento de propina a agentes públicos e políticos ao longo de quase duas décadas.
Fonte: Band News