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Caminhoneiros ameaçam greve em Foz contra demora de despachos na fronteira

Os motoristas reivindicam que o controle sanitário seja realizado dentro do Porto Seco no Paraguai e não na cabeceira da Ponte da Amizade, como está ocorrendo.

  • 19/08/2020
  • Foto(s): Catve
Caminhoneiros ameaçam greve em Foz contra demora de despachos na fronteira

Caminhoneiros anunciaram que podem paralisar a transportação para o Paraguai. A greve seria contra a demora nos despachos aduaneiros, principalmente no Paraguai. A demora está acontecendo devido ao controle sanitário imposto pela pandemia de Covid-19. Dependendo do dia, caminhoneiros chegam a ficar três dias parados na fila aguardando atendimento.

“Tem casos pontuais, mas realmente a situação está bastante grave. A pandemia fez com que as fiscalizações fossem ampliadas, tanto no Brasil quanto no Paraguai. Então, quando são realizados os controles sanitários, que é obrigatório fazer na cabeceira da ponte, demora demais. Tem dias que menos, outros mais. Não sabemos o critério que está sendo utilizado, e acho que está faltando o bom censo” ressaltou Mário Camargo, presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz (CODEFOZ).

De acordo com Camargo, a reivindicação dos caminhoneiros é que o controle sanitário seja realizado dentro do Porto Seco e não na cabeceira da Ponte. “Agora é um período de grande volume de exportação e importação, tem uma demanda muito grande porque está iniciando a plantação da soja. E tem um controle muito rígido, na saída da ponte, para que entra no Paraguai, demora muito tempo para liberar um caminhão e nós entendemos que isso pode ser feito dentro do Porto Seco” explicou Mario.

Segundo Mario, à medida que atrasa a liberação de caminhões no Paraguai, automaticamente, o Porto Seco de Foz também atrasa a liberação. “Nós quase colapsamos essa semana o Porto Seco em Foz, tinha mais de mil caminhões para entrar no Porto Seco, de exportação que iria para o Paraguai, e lá tinha cerca de 300, 400 caminhões esperando para voltar ao Brasil” informou.

A demora faz com que os transportadores tenham prejuízo. “Isso tem demandado muito tempo, a conseqüência é um aumento no frente, além do desgaste do motorista. Tem alguns que ficam dois, três dias de fila. Então os motoristas e as transportadoras querem fazer a paralisação para demonstrar que é impossível trabalhar dessa forma” concluiu.

Fonte: Rádio Cultura Foz