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Dos ídolos do Meca ao UFC, Curitiba tem vocação para luta

  • 10/05/2016
  • Foto(s): G1
Dos ídolos do Meca ao UFC, Curitiba tem vocação para luta
"Curitiba é a Tailândia brasileira". Em um primeiro momento, a distância geográfica e as características do país asiático em relação à capital paranaense parecem sem sentido quando colocadas na mesma frase. No âmbito esportivo, porém, as fronteiras são interligadas pelo muay thai, esporte tão popular na Tailândia quanto o futebol no Brasil. Em Curitiba, a arte foi a principal arma dos lutadores canarinhos, que ganharam fama mundial com vitórias no Vale-Tudo forjadas à base de joelhadas e cotoveladas, ajudando a construir a fama da cidade como a capital brasileira da luta.

A relação de Curitiba com o Vale-Tudo remete aos tempos da renomada academia Chute Boxe, fundada em 1979 por Rudimar Fedrigo, cujo muay thai aprendeu com o mestre Nélio Borges de Souza, o Naja. Doze anos depois, de fato, a história da equipe começou a ser escrita através da participação em eventos de Vale-Tudo. Ali, o lendário esquadrão liderado por Rudimar e por Rafael Cordeiro - hoje técnico da Kings MMA - mostrou ao mundo onde estava o celeiro de lutadores do Brasil.

Se, atualmente, os nomes de Anderson Silva, Mauricio Shogun, Wanderlei Silva, Cris Cyborg, Murilo Ninja, José Pelé Landy, dentre outros, são intimamente ligados ao Vale-Tudo (ou ao MMA), isso se deve, inicialmente, à dobradinha entre Chute Boxe e ao Meca World Vale-Tudo, evento brasileiro criado por Fedrigo e por Jorge Guimarães, o Joinha, em 2000. Foi em maio daquele ano que a primeira edição do show aconteceu, em Curitiba, reunindo Anderson Silva, por exemplo, contra Luiz Azeredo, no Círculo Militar. ?? época, Spider fazia sua terceira luta profissional em um card liderado por Nilson de Castro - cria da Chute Boxe -, e Daniel Acácio.

- Sou cidadão do mundo, mas o coração é daqui. Temos histórico de grandes lutadores. Curitiba é a capital do muay thai no Brasil, vários campeões revelados, grandes escolas da modalidade. Tenho boas lembranças do Meca, foi o começo de tudo, onde tive suporte para adquirir conhecimento e experiência para trilhar novos caminhos e chegar onde cheguei. A memória está bem viva. Foi uma luta legal para mim e para a minha equipe, porque coloquei uma posição que as pessoas não acreditavam e ganhei dele no chão, o que era pouco provável, porque o Jucão, hoje meu amigo pessoal, era bem melhor do que eu - declarou o paulista, que deixou São Paulo rumo a Curitiba aos quatro anos de idade.

Cria da Chute Boxe, Wanderlei Silva atuaria na segunda edição do Meca, três meses depois do evento inaugural. O curitibano, que havia atuado pelo Pride e pelo UFC, estreou o card contra Todd Medina, a quem nocauteou em 39 segundos. Foi a cereja do bolo de um show que teve um iniciante Murilo Ninja, Anderson, Nilson de Castro e Assuério Silva.
- Curitiba têm vários expoentes. Tivemos dois líderes, que foram os mestres Rudimar e Rafael Cordeiro. Foi muito legal lutar em casa, é uma coisa fantástica. No Meca o clima era de porrada, pressão, "hey" (risos). Não tinha conversa. Foi o maior evento que existiu durante anos. Era redondinho e revelou vários caras. Muitos lutadores conhecidos lutaram no Meca.

Radicado em Curitiba há 16 anos, o carioca Cristiano Marcello concorda que a junção entre lutadores talentosos e evento de sucesso tornaram a cidade referência quando o assunto é arte marciais. O comandante da CM System destaca que o Meca foi tão bem sucedido que até na arbitragem tinha destaque e acredita que o clima paranaense contribua para manter o foco dos atletas.

Fonte: G1

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