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Patrimônio de ex-secretário acusado de corrupção é 'incompatível', diz PF

  • 11/05/2016
  • Foto(s): Divulgação
Patrimônio de ex-secretário acusado de corrupção é 'incompatível', diz PF
O patrimônio de Rodrigo Becker, ex-secretário de Gestão Estratégica de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, é "incompatível" com a atividade que ele exercia, apontaram as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Pecúlio.

Becker é apontado como laranja do prefeito do município, Reni Pereira (PSB), em um esquema de corrupção para fraudar licitações de asfaltamento de ruas e contratos da área da saúde. O chefe do Executivo é apontado pela polícia como o chefe do grupo criminoso.

A Receita Federal analisou os dados da quebra de sigilo bancário do ex-secretário. O documento foi citado na decisão da Justiça que negou liberdade a Becker, preso há 21 dias.

O relatório mostra que o ex-secretário teve "uma vertiginosa elevação de sua movimentação financeira a partir do ano de 2012". Conforme a Receita, isso "permite inferir que nas suas contas bancárias estão circulando recursos oriundos de desvios da Prefeitura de Foz do Iguaçu".

Na conta de Becker, constam depósitos "não identificados" que somam pouco mais de R$ 882 mil e outras transferências recebidas de pessoas físicas e jurídicas.

De acordo com a polícia, Becker, Pereira e o ex-secretário Melquizedeque Souza e o empresário Milton João Beckers chefiam o esquema de corrupção na Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Beckers e Becker são sócios da Faculdade Uniguaçu, de São Miguel do Iguaçu, aponta a investigação. Os dois teriam investido mais de R$ 1,6 milhão no negócio. A PF afirma que eles compraram a instituição para lavar dinheiro.

O advogado de Rodrigo Becker, Maurício Defassi nega irregularidades. "A defesa refuta qualquer alegação nesse sentido. O Rodrigo, em nenhum momento, pode ser alçado como um dos líderes, chefes [do esquema de corrupção, até porque ele não praticou delito algum". O advogado garante que todo dinheiro recebido por seu cliente tem origem comprovada.

O advogado de Reni Pereira negou envolvimento do prefeito nos crimes apontados pela PF. A defesa de Melquizedeque Souza não foi encontrada. O advogado de Milton Beckers disse que só vai se manifestar na quarta-feira (11).

A advogada da Uniguaçu afirma que a empresa pertence a um grupo de empresários e que a instituição não foi notificada para prestar qualquer declaração e desconhece o teor das acusações.

Fonte: G1

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