Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Rota Bioceânica: Itaipu vai financiar parte da ligação do Paraná com porto chileno

O sonho de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico já tem 60 anos, e só agora começa a se concretizar.

  • 03/11/2020
  • Foto(s): Marcelo Uliana/ Diretoria de Coordenação Itaipu
  • Brasil/Paraná
Rota Bioceânica: Itaipu vai financiar parte da ligação do Paraná com porto chileno

Um convênio entre a Itaipu Binacional, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Governo do Paraná vai garantir a realização de parte de um dos mais sonhados e importantes projetos do Estado. A parceria será responsável pela execução de obras na BR-487, conhecida como Estrada Boiadeira.

Itaipu deverá aportar cerca de R$ 228 milhões para viabilização do empreendimento. Além disso, o Dnit, responsável pela realização do empreendimento até o momento, vai disponibilizar o projeto e supervisionar a execução das obras, que estará a cargo do Governo do Paraná.

Os recursos serão utilizados na implantação, na reparação, na restauração e na pavimentação, além de Obras de Arte Especiais (OAE), em 47 quilômetros da BR-487. O trecho liga os municípios de Icaraíma (Porto Camargo) e Umuarama (Serra dos Dourados), no noroeste do Paraná.

No futuro, a rodovia fará a interligação com o Corredor Bioceânico, uma rodovia de mais de 2,4 mil quilômetros entre Campo Grande (MS) e o Porto de Antofagasta, no Chile, reduzindo em até duas semanas o tempo de viagem das exportações do Centro-Oeste do Brasil até os países do Oriente, principalmente China, Japão e Coreia do Sul.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, informou o governador Carlos Massa Ratinho Junior sobre o convênio. “Esse é outro grande marco para o desenvolvimento do Paraná e do Mato Grosso do Sul. É mais uma iniciativa de grande impacto que a empresa adota a favor de nosso Estado e dos nossos vizinhos sul-mato-grossenses", disse o governador.

“Essa sinergia entre Dnit, Itaipu Binacional e o Governo do Paraná criou as condições ideais para entregar, daqui a dois anos, as obras integrantes da nova rota bioceânica”, explicou o diretor-geral do Dnit, general Santos Filho. “Isso vai beneficiar não somente os Estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul e mais, além do Brasil, integrará multimodais para o desenvolvimento de toda a América do Sul”, completou.

Estrada Boiadeira

A Estrada Boiadeira ligará o noroeste do Paraná à cidade de Porto Murtinho (MS), ponto de conexão com o corredor bioceânico que unirá os portos brasileiros de Santos (SP) e Paranaguá aos do norte do Chile. A rodovia não está na área de abrangência de Itaipu, mas faz parte da bacia do Rio Ivaí, que desemboca no Rio Paraná e é importante pela sua contribuição ao reservatório da hidrelétrica binacional.

O aporte financeiro de Itaipu para a execução de obras na Estrada Boiadeira está alinhado às diretrizes da gestão do diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, que tem conseguido realocar recursos de convênios, ações e patrocínios sem aderência à missão da usina para investimentos em obras estruturantes que deixam legado para a população.

O investimento no Estado e a boa relação institucional com o governo do Paraná estão em consonância com as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro em prol do desenvolvimento regional, com ganhos para a região e, consequentemente, para todo o Mercosul.

Aplicação em obras

Os recursos obtidos com a redução de gastos e custos, pela margem brasileira da Itaipu Binacional, já somam mais de R$ 1,2 bilhão, que estão garantindo a construção de obras como a segunda ponte entre Brasil e Paraguai, ligando Foz do Iguaçu a Presidente Franco, com quase 40% da construção concluída; a Perimetral Leste, que ligará a ponte à BR-277; e  melhorias no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, incluindo a nova pista de pouso e decolagem.

Em Foz do Iguaçu, Itaipu investe também na conclusão do mercado municipal, na revitalização do Gramadão da Vila A e na construção de ciclovias e pistas de caminhadas. Isso sem contar ações e iniciativas de pequeno, médio e grande portes, com melhorias para a população de forma geral. E o mais importante: “Tudo isso com foco na eficiência da gestão e na alta produtividade da atividade fim (geração elétrica), sem aumento da tarifa de energia”, segundo o general Joaquim Silva e Luna.

A atividade fim de Itaipu é atender os sistemas elétrico do Brasil e do Paraguai, com a responsabilidade de pagar royalties para a exploração hidráulica, mas Itaipu tem ido muito além da sua obrigação contratual e missão, em função do respeito do consumidor que paga pela energia na ponta.

O Corredor Bioceânico

Uma das obras mais importantes do futuro Corredor Bioceânico, que vai conectar o Atlântico e o Pacífico, é a futura ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará a cidade de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Porto Peralta, no Paraguai. A ponte terá 680 metros de extensão e está orçada em US$ 75 milhões.

A ligação à ponte, no Mato Grosso do Sul, é a BR-267, já implantada, à qual será ligada a Estrada Boiadeira, no Paraná, permitindo aos produtores dos dois Estados escolher por quais portos enviarão suas exportações – Santos e Paranaguá, no Brasil, ou os portos do Chile, quando o destino for o Oriente ou a Costa Oeste dos Estados Unidos.

No lado paraguaio, estão sendo pavimentados 227 km de rodovias entre Carmelo Peralta, na fronteira com o Brasil, e Loma Plata. Este trecho está previsto para ser entregue até maio de 2022. O governo paraguaio deverá licitar o segundo trecho, de 354 km, provavelmente ainda este ano.

Exportações e importações

A ligação entre o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile, com a rota bioceânica, gerará novas oportunidades econômicas. Os produtos chilenos, argentinos e paraguaios poderão entrar no Brasil pelo Mato Grosso do Sul (Porto Murtinho, Corumbá e Ponta Porã), enquanto as mercadorias brasileiras chegarão a países como Coreia, Japão e China via Pacífico, a preços mais competitivos.

O tempo de viagem e o custo do frete serão reduzidos, em relação às exportações pelos portos no Oceano Atlântico, o que significará maior ganho para os exportadores e maior previsibilidade de chegada para os importadores. Além disso, os empresários contarão com portos mais eficientes e menos congestionados, no Chile e no Brasil.

Fonte: Assessoria Itaipu Binacional