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"Punição sem crime é a 'maior das brutalidades'", diz Dilma ao deixar a presidência

  • 12/05/2016
  • Foto(s): Bem Paraná
"Punição sem crime é a 'maior das brutalidades'", diz Dilma ao deixar a presidência
Após o Senado aprovar nesta quinta-feira (12) a abertura do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), ela foi intimada nesta manhã pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), primeiro secretário do Senado, segundo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que estava com ela. Agora, ela deve deixar a Presidência da República por até 180 dias.

Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidenta afastada Dilma Rousseff faz neste monento um pronunciamento à imprensa em que classificou o processo contra ela de "impeachment fraudulento".

Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a "maior das brutalidades que pode ser cometida". "Não cometi crime de responsabilidade. Não tenho contas no exterior, jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente inconsistente, injusto, desencadeado contra pessoa honesta e inocente. A maior das brutalidades que pode ser cometida por qualquer ser humano: puni-lo por um crime que não cometeu", disse.

Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que está em jogo não é somente o seu mandato.

"O que está em jogo não é apenas o meu mandato. ?? o respeito às urnas. ?? vontade soberana ao povo brasileiro e à Constituição. São as conquistas dos últimos 13 anos. O que está em jogo é a proteção às crianças, jovens chegando às universidades e escolas técnicas. O que está em jogo é o futuro do país, esperança de avançar cada vez mais. Quero mais uma vez esclarecer fatos e denunciar riscos para país de um impeachment fraudulento. Um verdadeiro golpe", declarou.

Em instantes, a presidenta vai sair do Palácio do Planalto pela porta principal que fica no térreo do prédio. Em um cercado próximo à rampa, servidores da Presidência, em sua maioria mulheres, vão recepcioná-la e a acompanharão até a avenida em frente ao Planalto, onde estão concentrados milhares de manifestantes de apoio a ela. De cima de uma estrutura montada, Dilma vai fazer outro discurso condenando o processo que classifica como golpe.  Do lado de fora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera Dilma para participar do ato.

O Senado aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente por 55 votos a favor e 22 contra. Dilma deixa a Presidência um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato. Michel Temer (PMDB) assume interinamente em seguida. Ele está reunido com assessores no Palácio do Jaburu e lá também será notificado pelo senador. A sessão durou mais de 20 horas.

Deputados, senadores e ex-ministros da base aliada de Dilma a acompanham no Palácio do Planalto para participar do ato público.

A intimação que o senador Vicentinho entregou a Dilma relaciona as prerrogativas que a petista terá a partir de seu afastamento. Até a decisão definitiva do seu julgamento no Senado, Dilma terá direito a permanecer na residência oficial, segurança pessoal, assistência à saúde, transporte aéreo e terrestre, remuneração e assessores.

Fonte: Bem Paraná

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