Uma das lutas mais aguardadas no card principal do UFC 198, sábado, na Arena do Atlético Paranaense, em Curitiba, colocará frente a frente os brasileiros Vitor Belfort e Ronaldo Jacaré. Para o primeiro, um dos mais experientes do evento e divulgador incansável do MMA no país, mais um tabu deve ser quebrado pela magnitude da estrutura que está sendo montada, uma verdadeira realização de um antigo sonho.
???Vai ser um grande evento. ?? um sonho meu, lutar em um campo de futebol. Agora o sonho virou realidade???, disse o lutador, que já planeja novos desafios e experiências tanto para o UFC quanto para sua carreira. ???Eu sou um sonhador. Um homem que para de sonhar para de viver. O céu para mim não é o limite???, emendou.
Sem nutrir nenhuma rivalidade com o adversário, Vitor deixará para a torcida a responsabilidade de escolher por quem torcer. Aliás, uma peculiaridade do MMA que acredita poder ser aprendida pela torcida também de outros esportes. ???O fã tem o livre-arbítrio para escolher por quem vai torcer. Sou um grande fã do Jacaré. O MMA já é o segundo esporte no gosto do brasileiro. E o MMA não está muito tempo na TV aberta. E olha que em 2000, com luta passando a um da manhã, nos demos 13 pontos de audiência. Coloca um jogo de vôlei nesse horário para ver???, disse.
Continuando com seu raciocínio, o lutador brasileiro exalta o crescimento da modalidade no Brasil, o que passa por seu caráter também de entretenimento, além do esportivo. ???Pegando o vôlei como exemplo, temos que pegar agora o MMA para ser nosso esporte. Futebol não dá para comparar. O MMA é entretenimento e quem está na mídia é para quem o público vai torcer. Hoje as pessoas já torcem e não brigam, não é como o futebol. Estamos sendo uma escola para os outros esportes???, avaliou.
Belfort quer extrapolar a torcida e, pregando respeito, quer contribuir para mudar a relação da sociedade com o próximo, aprendendo a criticar sem atacar, em uma clara referência a experiências próprias após derrotas. ???A rede social trouxe muita evolução, mas também muita regressão. Tem a questão muito forte do bullying. Todo mundo comete erros. Criticar é normal, desde que não me agrida. Estamos nos desenvolvendo como sociedade e precisamos aprender a respeitar o próximo???, concluiu.
Fonte: Gazeta Esportiva