106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Um boato que se espalhou em grupos de whatsapp nos últimos dias tem causado pânico em pais e mães de Missal e região.
De acordo com os áudios, uma criança teria sido vítima de uma tentativa de sequestro em Missal, porém de acordo com o Sargento Donizetti, Comandante da PM de Missal, o fato não é verídico e nenhuma situação semelhante foi registrada na cidade nos últimos dias.
Há também inúmeros relatos de divulgação destes mesmos áudios dizendo que a suposta tentativa de sequestro teria ocorrido em várias outras cidades, fato que por si só já demostra o teor falso dos boatos.
Ainda de acordo com o Sargento, o áudio não tem data e nem nome de cidade, portanto não é possível saber se o fato aconteceu em outra cidade, ou se é apenas uma fake news de mau gosto.
O Sargento ainda orienta a população a tomar cuidado ao compartilhar esse tipo de notícia duvidosa, e sempre ligar para a Polícia Militar para averiguar a veracidade dos fatos.
DIVULGAR FAKE NEWS É CRIME E PODE TER CONSEQUÊNCIAS TRÁGICAS
Linchamento e morte de uma mulher no Guarujá
Hoje em dia, com a internet e as redes sociais, as fake news ganharam um impulso assustador. Um boato, que geralmente não sabe de onde vem, pode se espalhar em poucos minutos.
Foi o que aconteceu no dia 3 de maio de 2014, no Guarujá. Dois dias antes, um administrador de uma página de Facebook havia feito uma postagem alertando a população local sobre uma suposta mulher que sequestrava crianças para fazer rituais de feitiçaria. A postagem ainda incluía uma retrato falado da suposta criminosa.
Tudo fake news. Segundo a polícia, não havia nenhum caso de sequestro de crianças na cidade.
Uma mulher de 33 anos, casada e mãe de dois filhos, foi identificada como a suposta sequestradora quando se dirigia à casa de suas primas no bairro de Mortinhos. O linchamento reuniu dezenas de pessoas e foi filmado por câmeras de celular. A mulher morreu dois dias depois.
Cinco pessoas foram acusadas do crime e condenadas à pena máxima de 30 anos. O administrador da página de Facebook, responsável pela criação da notícia falsa, passou ileso, já que a legislação da época ainda não previa punição a quem incitasse a violência por meio da internet.
Hoje, a Lei 7544/14, criada após o assassinato do Guarujá, prevê multa e detenção para pessoas que incitem a violência via internet.
Fonte: Portal Costa Oeste