Em uma reunião que aconteceu na sexta-feira (29) na Câmara de Cascavel, vereadores de 15 municípios da região Oeste decidiram formar uma Frente Parlamentar para debater a autorização para abertura de novas praças de pedágio no Paraná.

Na reunião, conduzida pelo vereador cascavelense Romulo Quintino (PSC), estiveram presentes Gabriel Baierle, vereador de Toledo, Cleiton Freitag, vereador de Marechal Cândido Rondon, Jairo Cardoso, vereador de Foz do Iguaçu, Eurico Barbosa, presidente da Câmara de Palotina, Fabio Perlin, vereador de Santa Tereza do Oeste, Claudete Torres de Medeiros, vereadora de Capitão Leônidas Marques, Leoclides Bisognin, presidente da Câmara de Toledo, os vereadores de Cascavel, Pedro Sampaio, Sadi Kisiel, Cidão da Telepar, Josias de Souza, Valdecir Alcântara e Melo. Representando o setor produtivo de Cascavel, esteve presente Edson Vasconcelos, do programa Oeste em Desenvolvimento.

Os vereadores da região lembraram que os curtos do pedágio não afetarão apenas aqueles que usam diretamente as rodovias, como trabalhadores, estudantes, caminhoneiros, agricultores e empresários. “O aumento do custo na produção e no transporte impacta no preço final das mercadorias e afetará todos os cidadãos da região oeste, inclusive a dona de casa que precisa comprar gás e alimento”, argumenta Gabriel Bairle, de Toledo. 

Baierle comenta sobre a possibilidade da instalação de uma praça de pedágio no trecho Toledo/Cascavel e se posiciona contra a situação. 

Edson Vasconcelos, que acompanha de perto a questão dos pedágios no Paraná há muitos anos, explicou que é preciso entender como funciona a concessão onerosa, a tarifa-teto e a relação custo-benefício do que será oferecido no contrato. Neste caso, está sendo proposto um modelo de concessão onerosa que leva em conta o maior volume de obras, por meio de um sistema híbrido, que é de menor preço relativo. É previsto pequeno desconto, de apenas 12% entre as concorrentes, e se cria uma taxa de outorga. Ou seja, uma espécie de um imposto indireto que a concessionária teria que pagar ao governo federal.

A concessão de 3.300 quilômetros de rodovias e a implantação de 15 novas praças de pedágio no Estado do Paraná está em fase de estudos e sendo discutida pelo Ministério da Infraestrutura. Atualmente já estão em funcionamento 27 praças. Os contratos atuais vencem em 2021, acumulando mais de duas décadas de vigência e reprovação da sociedade paranaense em razão das altas tarifas e carência de melhorias nas vias.

Se concretizado, o novo programa dos pedágios será a maior concessão rodoviária do País. Nas proximidades de Cascavel, seriam quatro pedágios, um deles entre nosso município e Toledo. O presidente da Câmara de Toledo, Leoclides Bisognin, critica a iniciativa e apela: “Nós somos um dos mais importantes polos produtivos do país, temos as maiores cooperativas e já arcamos com os custos altíssimos de um modelo de pedágio que nunca pode ser derrubado. O que falta para que tomemos uma atitude? Será que não somos conformados demais? ”.

Fonte: Assessoria/Costa Oeste FM