Esta semana, pesquisadores e representantes do Grupo de Trabalho, instituído pelo Ministério da Saúde, para apoiar o desenvolvimento de pesquisas que comprovem a eficácia e segurança da fosfoetanolamina, se reuniram para debater os resultados preliminares dos estudos da substância. A reunião foi uma proposta do governo, para avaliar a chamada "Pílula do Câncer" por meio de laboratórios contratados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O objetivo foi mostrar a qualidade dos testes realizados e deixar o mais transparente possível essa verificação científica, como explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Pedro Prata.
"A reunião foi realizada no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, para que os pesquisadores que vêm analisando a consistência, a eficácia e os efeitos da chamada pílula da fosfoetanolamina, pudessem apresentar os resultados do que encontraram até agora e o método que utilizaram para chegar a estes resultados. Isso foi feito perante outros pesquisadores que funcionaram como juízes, digamos assim, avaliadores da pertinência dessa metodologia e ficou demonstrada claramente a qualidade técnica do trabalho".
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Pedro Prata, o estudo preliminar revela que a pílula não é feita apenas de fosfoetanolamina e nem combate a doença.
"Até o momento ficou claro que a pílula desenvolvida inicialmente, que vinha sendo usada por pacientes, ela não possui consistência, nem qualidade de formulação. Ela apresenta outras substâncias além da fosfoetanolamina e está sendo possível testar os efeitos em laboratório de todas as substâncias que estão presentes na pílula, inclusive a fosfoetanolamina. E os resultados até agora não demonstram efeito no controle de vários tipos de câncer, nas dosagens que vem sendo preconizadas ou utilizadas em uso humano".
Os dois principais pesquisadores que criaram a chamada "Pílula do Câncer" foram convidados a participar dos debates, mas não quiseram comparecer. O Grupo de Trabalho que está realizando pesquisas sobre a eficácia e segurança da fosfoetanolamina foi criado por uma portaria do Ministério da Saúde em outubro do ano passado.
Fonte: Web Rádio Saúde