As chuvas acima da média registradas há vários meses têm atrapalhado a rotina de muitos serviços, principalmente no setor agrícola. Com o solo encharcado, o produtor não consegue entrar na lavoura para aplicar fungicidas. Esse atraso na aplicação tem gerado transtornos em algumas cidades da região, que confirmaram casos de ferrugem asiática na soja.
Conforme o Mapa de dispersão de ferrugem asiática, publicado pela Embrapa Soja, nove ocorrências foram registradas na região - oito novas. A situação mais crítica está em Cafelândia, onde a doença, que pode causar queda brusca na produção, já afetou três lavouras comerciais cultivadas entre os meses de setembro e outubro. O aparecimento da doença ocorreu entre os dias 11 e 16 de dezembro.
A ferrugem asiática circula também pelos municípios de Assis Chateaubriand, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Ouro Verde do Oeste, Palotina e Toledo. Cada uma dessas cidades possui uma confirmação em lavouras comerciais. Apenas em Palotina é que a doença afetou uma lavoura com soja voluntária - que é aquela que não foi plantada pelo agricultor e pode ter origem de grãos remanescentes da colheita ou de beira de estrada.
Disseminação
A ferrugem asiática está presente em oito estados brasileiros e tem a sua maior incidência no Paraná, com 74 focos da doença, 63 deles em lavouras comerciais e 11 em sojas voluntárias. A pior situação está em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, com quatro confirmações.
Rio Grande do Sul também tenta combater 48 focos da doença na soja, seguida por São Paulo (11), Mato Grosso do Sul (8), Mato Grosso (5), Santa Catarina (5), Minas Gerais (2) e Tocantins (1).
Fonte: O Paraná