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BRDE elevou contratações em 28,5% e investiu R$ 3,3 bilhões na região Sul

Utilização de recursos próprios e diversificação de fundings foram estratégias que permitiram ampliar a oferta de crédito para capital de giro e novos investimentos

BRDE elevou contratações em 28,5% e investiu R$ 3,3 bilhões na região Sul

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publicou nesta terça-feira (30) as demonstrações financeiras correspondentes ao exercício de 2020. No cenário da crise causada pela pandemia de Covid-19, além dos seus próprios recursos, o BRDE buscou parcerias com outras instituições, nacionais e internacionais, com o objetivo de contemplar tanto o crédito emergencial em momento de extrema dificuldade para os empreendedores quanto o apoio a novos investimentos.

Dessa forma, mais de R$ 3,3 bilhões em financiamentos foram operacionalizados por meio de seus programas de desenvolvimento, no Rio Grande do Sul,  Santa Catarina e no Paraná. No período, as contratações com recursos próprios do BRDE somaram R$ 651 milhões, uma elevação de 75,1% em relação a 2019, enquanto as fontes externas corresponderam a R$ 308,4 milhões em operações, um salto de 93,6% na comparação com o ano anterior.

“Apesar de todos os desafios e dificuldades, de um ambiente de muita incerteza econômica, de muita insegurança, tendo em vista o cenário sanitário que estamos enfrentando, mesmo assim conseguimos cumprir a nossa missão de apoiar e fomentar o desenvolvimento econômico e social da região Sul”, avaliou a diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos.

“Nós utilizamos a palavra crise como oportunidade. Esse foi o mantra que mantivemos no ano passado e, desse resultado, hoje estamos aqui aferindo as grandes possibilidades”, afirmou o vice-presidente e diretor de Operações, Wilson Bley Lipski. “Tivemos um bom desempenho, o terceiro melhor resultado da história do BRDE, e isso é fruto do trabalho e do empenho diário de nossos colaboradores. Fizemos a nossa parte”.

Em termos reais, o BRDE aumentou o valor total contratado em 28,5% ante 2019, elevando também o número de contratos efetivados em 19,5%. Sob o aspecto financeiro, o banco conseguiu igualmente resultados positivos diante das adversidades inicialmente previstas por conta da pandemia: o resultado líquido chegou a R$ 199,3 milhões, em parte fruto da baixa inadimplência, que atingiu sua mínima histórica ao final de 2020.

RECUPERA SUL – Para ampliar ainda mais o auxílio aos empreendedores afetados pelas medidas de distanciamento social, principalmente as micro e pequenas empresas, em março de 2020 o BRDE lançou o Programa de Crédito Emergencial para recuperação da Economia da Região Sul - BRDE Recupera Sul.

Os recursos repassados, na forma de capital de giro e microcrédito, totalizaram R$ 518,9 milhões no ano, atendendo 1.612 empresas e auxiliando na manutenção de milhares de empregos na região Sul.

“Apesar de todas as surpresas e mudanças geradas em 2020, ganhamos a chance de enxergar novas oportunidade e perceber a importância da conexão com as pessoas. Tivemos esse resultado histórico e ajudamos muitas pessoas a não perderem seus empregos”, destacou o diretor financeiro, Marcelo Haendchen Dutra.

Em 2020, o investimento em municípios cresceu 93% com relação a 2019, e as operações com micro e pequenas empresas, quase 80%. O apoio ao turismo foi 225% maior do que em 2019. E o programa BRDE Labs de apoio à inovação, parte do BRDE Inova, acelerou 32 startups.

DIVERSIFICAÇÃO – O BRDE trabalhou para ampliar a oferta de crédito em três frentes: elevando a disponibilização de seus próprios recursos, obtendo aumento de limite com seus atuais parceiros e captando novos recursos, no País e no exterior.

O empenho na diversificação de fontes resultou na redução da participação do Sistema BNDES a 57,6% do total de financiamentos contratados em 2020, dentro da meta máxima de 60% para um único funding, estabelecida no Planejamento Estratégico.

Esse movimento ocorreu mesmo com um aumento de 24,3% do volume contratado com recursos do BNDES em relação ao ano anterior, que passou de R$ 1,5 bilhão em 2019 para R$ 1,9 bilhão em 2020.

O diretor de Planejamento, Luiz Corrêa Noronha, enfatizou o esforço de diversificação de fundings, o crescente apoio do banco aos municípios e as realizações no campo da responsabilidade socioambiental. “Nós vivemos no banco um processo de evolução constante, sempre aprendendo e tentando melhorar. Para isso, evidentemente, contamos com o trabalho inestimável dos nossos colegas e colaboradores”, disse.

A ampliação dos recursos disponibilizados pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o início da parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), através da assinatura de contratos de empréstimos, demonstram o esforço do BRDE para a crescente diversificação das suas fontes de recursos, principalmente com instituições de fomento internacionais

ODS – Para essas instituições, um aspecto relevante é o compromisso assumido pelo banco como signatário da Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pelas Nações Unidas. As estimativas do BRDE apontam que, aproximadamente, 83% de sua carteira de crédito é aderente a, no mínimo, um ODS.

A emissão de títulos financeiros, mais uma alternativa de captação de recursos, foi estruturada pelo BRDE em 2020. A primeira emissão está prevista para o início de 2021 no valor de R$ 30 milhões, os quais serão alocados no Fundo BRDE de Promoção ao Desenvolvimento Produtivo, Sustentável e Social dos Estados da Região Sul - BRDE Promove Sul, a fim de serem utilizados para operações de crédito.

O diretor administrativo, Luiz Carlos Borges da Silveira, salientou o desempenho dos colaboradores do banco. “O BRDE superou as expectativas em termos de trabalho e de rendimento. Do trabalho importante no momento difícil da economia brasileira, o BRDE deu a sua colaboração e cumpriu a sua missão”, registrou.

“Com responsabilidade socioambiental, adotamos práticas que colaboram para o desenvolvimento sustentável, tornando o BRDE uma referência dentro de nossos estados, para atender demandas atuais e futuras”, concluiu o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Vladimir Arthur Fey.

Fonte: AEN