Estudantes ligados à União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) decidiram sair dos três colégios estaduais ocupados em Maringá, no norte do Paraná, em assembleia realizada neste domingo (29). Há protestos há mais de dez dias nas escolas.
Eles se comprometeram a desocupar as escolas na manhã de segunda-feira (30) em troca de uma reunião com o governador Beto Richa (PSDB), marcada para o mesmo dia, em Curitiba.
"A Upes decidiu por aceitar a negociação, porque desde o início nós nos propomos o diálogo, e nós vamos ser maduros o suficiente para aceitar o diálogo. Amanhã [segunda], às 7h, os colégios estarão desocupados", informou o presidente da União Secundarista, Matheus dos Santos.
Ele reforça que, se as pautas não forem atendidas pelo governador, haverá mais colégios ocupados, posteriormente. Santos ameaça organizar uma "primavera secudarista" no estado, caso os pedidos não sejam atendidos.
"O conjunto dos estudantes aqui de Maringá e do estado do Paraná está organizado. Amanhã, na reunião com o governador, se nossas pautas não forem atendidas, amanhã mesmo não serão só três colégios ocupado - serão dez, 20 ou 30 pelo estado!", disse o presidente.
Reinvidicações
Os manifestantes pedem melhorias na infraestrutura das escolas, na merenda e também cobram resultados da Operação Quadro Negro, que investiga desvios na construção e reforma de escolas estaduais.
Posição do governo
Sobre as melhorias na infraestrutura das escolas, a Secretaria de Estado de Educação (Seed) reforçou que vai analisar caso a caso e que vai investigar a situação nos colégios ocupados. Sobre os desvios descobertos na Quadro Negro, a Seed informou que uma sindicância interna está em fase de conclusão.
Fonte: G1