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Rádio Costa Oeste
O Paraná é o segundo estado com menor taxa de transmissão (Rt) em todo o Brasil. A média atual no território paranaense é de 0,91, o que significa que 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 91. O Paraná está no patamar de redução da circulação do vírus desde o dia 28 de maio, e vem apresentando uma queda gradual por dez dias consecutivos, mesmo período das medidas mais restritivas decretadas pelo Estado e algumas prefeituras.
Os dados são do sistema Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os estados e do País a partir de um algoritmo desenvolvido pela empresa. Os números foram atualizados nesta segunda-feira (7).
O indicador tem como objetivo estimar o nível de contágio pelo vírus em um território durante a pandemia. A contaminação está acelerada se a taxa está acima de 1, estável se é igual a 1 ou em queda se está menor que 1 – o único caso em que a situação epidêmica demonstra melhora. Quanto menor o Rt, menores são as chances de contaminação pelo vírus.
O único à frente do Paraná é o Pará, cujo Rt está em 0,89. Outros 15 estados também apresentam taxas abaixo de 1. Já a média brasileira está acelerada, atualmente em 1,02. O índice com maior alta registrada no período é na Paraíba, com 1,15.
A base de dados utilizada pela Secretaria de Estado da Saúde nos Boletins Epidemiológicos também aponta queda no Rt paranaense. O Laboratório de Estatística e GeoInformação da Universidade Federal do Paraná (LEG/UFPR) indica que a taxa está em 0,91. Segundo o sistema, a desaceleração no Estado começou ainda antes, de 19 para 20 de maio, quando passou de 1,1 para 0,99.
Apesar desses índices, o Paraná confirmou o primeiro caso da variante indiana no Estado, e apresenta índice elevado de ocupação do sistema hospitalar, o que requer a manutenção da cautela.
Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde desta terça-feira (8), a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para Covid-19 está em 95% no Estado. Na segunda-feira (7), o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias pelas vítimas do coronavírus em todo o Paraná.
REDUÇÃO – Desde o início da pandemia, este é o quinto período de queda da circulação do vírus no Estado, segundo o Loft.Science. Entre março e setembro de 2020, o Rt esteve superior a 1, apresentando um pico de 1,88 em 8 de abril do ano passado. Entre 10 de setembro e 10 de novembro de 2020 se deu um período de queda, no qual o Rt mais baixo registrado foi de 0,90.
Entre 11 de novembro de 24 de dezembro, o índice ficou superior a 1. Desde o Natal, a taxa tem apresentado mais instabilidade. Ela esteve inferior a 1 por um breve período do Natal a 7 de janeiro, e de 18 de janeiro a 19 de fevereiro. Em 11 de março, apresentou um novo pico, atingindo um Rt de 1,58.
De 17 de março a 3 de maio, deu-se o quarto período de queda, atingindo o ponto mais baixo de transmissão desde o início da pandemia: 0,74 em 7 de abril. Uma nova alta aconteceu entre 4 e 27 de maio - o menor período de alta antes de novamente atingir os patamares abaixo de 1.
VACINAÇÃO – Nesta semana, o Paraná ultrapassou a marca das 4 milhões de vacinas aplicadas. Segundo o Vacinômetro, foram administradas 2.835.578 primeiras doses, o equivalente a 27,13% da população. As segundas doses, que completam o ciclo de imunização, foram aplicadas em 1.251.898 pessoas, 11,98% dos paranaenses.
Na noite desta segunda-feira (7), o Estado recebeu um novo lote de 145 mil vacinas contra o vírus produzidas pela Pfizer/BioNTech. A remessa integra a 23ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde.
Fonte: AEN