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Rádio Costa Oeste
Foi realizado na última terça-feira (15) o primeiro encontro de uma agenda de reuniões do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário com prefeitos dos municípios abrangidos pelo projeto da Nova Ferroeste. Participaram representantes das cidades da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral. A maioria acompanhou a distância.
“Estamos apresentando os primeiros levantamentos que já temos em relação ao traçado e capacidade e recebendo a contribuição da sociedade”, explicou o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
“Essa é a primeira de uma série de interações que teremos com os municípios. É muito importante a participação ativa, para que identifiquemos possíveis problemas e para já alterar na fase de estudos e buscar solução durante o projeto de engenharia”, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.
Foi apresentada a nova ferrovia de 1.285 quilômetros e o resultado dos estudos preliminares de demanda e engenharia. O projeto é do segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do País, com capacidade para a movimentação de 26 milhões de toneladas no primeiro ano de funcionamento.
“É o maior projeto estruturante que temos no Estado, um grande sonho do setor produtivo, algo que há muitas décadas foi discutido, mas que nunca chegou realmente a um estudo aprofundado, a um levantamento técnico ambiental, um estudo de viabilidade, como chegamos neste governo”, reforçou Sandro Alex.
TRAÇADO – Na Região Metropolitana de Curitiba e no Litoral o traçado da Nova Ferroeste vai passar por Balsa Nova, Lapa, Araucária, Contenda, Mandirituba, São José dos Pinhais, Morretes e Paranaguá.
Para a prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, a iniciativa é essencial para o desenvolvimento econômico do Estado. “É importante para cada município ver onde passa o traçado, se tem problemas pontuais a serem resolvidos antecipadamente, o que vai dar uma celeridade para o projeto como um todo. Vejo que essa reunião é uma demonstração de respeito com cada município”, disse a prefeita.
CURITIBA E PARANAGUÁ – Um levantamento do Programa Nacional de Segurança Ferroviária (Prosefer) aponta os municípios de Curitiba e Paranaguá como as cidades com o pior conflito urbano do País envolvendo linha férrea. O traçado da Nova Ferroeste surge como uma solução para parte desse problema, como avalia Clever Ubiratan, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).
“Provavelmente esse projeto vai dividir um pouco essas cargas que hoje passam pela Capital e muitas vezes causam transtorno para os moradores, como acidentes. Portanto é um benefício também para Curitiba porque o traçado não passa por dentro da cidade”, disse.
O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, está otimista com a chegada da nova ferrovia, que deve gerar empregos e renda na cidade. “Vejo esse projeto como um divisor de águas, é mais carga entrando na cidade e no porto. A Nova Ferroeste vem ao encontro com o que o povo de Paranaguá quer”, acrescentou a liderança.
AGENDA – Nas próximas semanas o GT Ferrovias seguirá a agenda de encontros em outras regiões do Paraná e no Mato Grosso do Sul, onde o traçado passa por mais oito cidades. “Até o momento da concessão, esse processo de interação vai ser constante, não só com os municípios, mas com a sociedade em geral”, reforçou Luiz Henrique Fagundes.
NOVA FERROESTE – O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior.
Pelo planejamento, será construída uma estrada de ferro entre Maracaju, maior produtor de grãos do Mato Grosso do Sul, até Cascavel, no Oeste Paranaense. De lá, o trem segue pelo atual traçado da Ferroeste com destino a Guarapuava – os 246 quilômetros de ferrovias atuais serão modernizados –, até se ligar a uma nova ferrovia que vai da região Central do Estado ao Porto de Paranaguá, cortando a Serra do Mar. Há previsão, ainda, de um novo ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.
A expectativa é que os estudos de viabilidade sejam finalizados em setembro e os estudos de impacto ambiental em novembro. Com isso, a ideia é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, logo na sequência. O consórcio que vencer a concorrência será também responsável pelas obras. O investimento estimado é de R$ 25 bilhões.
PRESENÇAS – Participaram da conversa prefeitos e representantes de Paranaguá, Morretes, Fazenda Rio Grande, Contenda, São José dos Pinhais, Mandirituba, Balsa Nova, Lapa, Porto Amazonas, Palmeira, São João do Triunfo, Fernandes Pinheiro, Irati, Inácio Martins, Curitiba, Araucária. Guarapuava e Pinahis. Durante o enco
Fonte: AEN