Desta vez não faltou chuva e o plantio da soja foi considerado um sucesso. Mas, no final de outubro um temporal com ventos fortes e granizo afetou toda a região, obrigando muitos agricultores a replantarem as lavouras. Na Comunidade de Boa Esperança em Missal, Claudio, preferiu não replantar e já estima prejuízo de 30%.  

Os desafios não param por aí. Apesar de a soja estar valorizada os insumos também seguem a alta de preços. O fertilizante, por exemplo, subiu mais de 100% de janeiro a setembro deste ano, segundo pesquisa do Sistema CNA/Senar, responsável pelo levantamento de preços. Na prática o produtor explica o que estes aumentos significam. 

A pandemia desencadeou uma série de problemas nas cadeias mundiais de abastecimento. No caso dos defensivos, a alta foi influenciada principalmente pela cessação da operação de indústrias fabricantes do insumo na China. É o caso do herbicida glifosato, por exemplo, usado para combater as ervas daninhas. 

Claudio já faz as contas de quanto terá que destinar da futura colheita para pagar os custos. Se os valores dos insumos não estabilizarem o produtor terá que cortar investimentos. Todo agricultor já desanimou um dia, mas nunca desistiu e não vai ser agora que vai deixar a profissão que nasceu para exercer. 

Fonte: Costa Oeste News