106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Família Hanzen presta suas últimas homenagens a Moacir. O empresário faleceu no dia 04 de dezembro de 2021 após sofrer um mal súbito.
Lembramos de nossa infância em Itapiranga (SC) ... Éramos cercados de magia, apesar das dificuldades, porque ele construía todos os nossos brinquedos. A rua com pernas-de-pau, carrinhos de rolemã, triciclos, bodoques, arcos, flechas, índios e cowboys. A bola sempre no pé descalço e o sonho de ter uma bicicleta, que veio no Natal, em forma de Monark barra forte.
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O primeiro emprego de carteira assinada veio aos 12 anos na Madeireira Gherk... Vender picolé, pastel, e aos fins de semana montar o bolão no Clube do Grêmio. Depois veio o sonho de trabalhar na rádio. E assim, como operador de som na Rádio Peperi, começou a sua jornada de apaixonar-se pela comunicação, fazendo dela o seu instrumento de criar outros brinquedos, os de adulto, no mundo dos negócios. Começou na COTREFAL (hoje Lar Cooperativa Agroindustrial), com as animações dos eventos da juventude rural, até que criou seu próprio negócio e foi empreender como Moacir Produções. Virou locutor, apresentador de TV, garoto propaganda, publicitário, promotor e organizador de eventos, dono de rádio... O sonho de ser homem de negócios veio acompanhado de um desejo forte de participar da mudança da cidade de Medianeira, que ele adotou, e que amava apaixonadamente.
Mas esse foi apenas o pano de fundo da vida do menino materializador de sonhos. Havia os irmãos, os pais, os tios, os primos, a esposa, os filhos, a neta Isabela, os colaboradores e os amigos de uma vida. Esse é o Moa que de fato queremos homenagear.
Quem foi amigo do Moa teve um privilégio ao longo da vida. Cada chimarrão, café, taça de vinho ou cerveja virava uma lição, um conselho, um caminho, uma possibilidade. Falar sobre planos futuros, ouvir os problemas dos outros e dar conselhos era uma rotina que parecia lhe fazer bem. Sempre pronto para um café na Rádio, escolhia xícaras de louça, daquelas grandes de boca larga, porque se a conversa era boa merecia um café demorado.
O Moa também era o irmão que se tornou o pai quando nosso pai faltou! Nem sempre de temperamento fácil, mas jamais de atitude negligente frente às necessidades da família. Para qualquer dificuldade, o Moa sempre era um cais acessível para aportar. Adorava se reunir na mãe para a galinhada, a sopa, o churrasco. Amava cozinhar e estar junto de todos. Mas sobretudo amava a simplicidade das coisas do cotidiano.
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O Moa tinha uma disposição invejável para projetos difíceis, obras complexas e eventos gigantes. Enxergava oportunidade em tudo, até quando ninguém mais via. Não acertava sempre, mas cada acontecimento ruim levava a um novo contexto de realidades possíveis. Não desistia de nada, e para todas as coisas que se dispunha a realizar, tinha nos olhos o mesmo brilho do menino que fazia pernas de pau para os irmãos brincarem.
Todos nós que convivemos com o Moa, temos ao menos uma história incrível para contar, e é isso que o faz se eternizar.
Amou muito. Se deu por inteiro. Nunca se economizou. E não poderia ser diferente para alguém que era tão grande que não cabia em si. Deve agora estar lá em cima convencendo Deus a montar uma arena para fazer uma festa no céu...
Descanse em paz, nosso sempre e eterno Moacir Hanzen!
Texto escrito pelo Josias de Lima amigo de longa data e gerente da Rádio Independência 92,7 FM. Representando a coordenação da Rede Costa Oeste de Comunicação.
Com carinho, Marcia Hanzen
*Homenagem da coordenação da Rede Costa Oeste a Moacir Hanzen
Oh, viu, viu ... viu ... viu
Era assim que na maioria das vezes iniciavam uma conversa com aquela voz grave, como quem, na sua simplicidade queria expor seus pensamentos e suas ideias.
Moacir era um vulcão em erupção permanente. Não tinha tempo ruim. As coisas deveriam acontecer e o tempo sempre era definido como uma urgência
Quando a equipe se reunia para uma conversa, era ele quem ditava as regras e as sugestões, para que todos pudessem apreciar e assimilar seus conteúdos.
Cobrava, sim ...
As vezes não gostava de ser contrariado, mas defende suas ideias com muita garra, apostando que todos poderiam embarcar na mesma canoa e seguir o rumo.
Defendia sempre a necessidade da modernização. E no seu modo simples de ser, trocava podcast por “bodcat”, mas todos entendiam perfeitamente o que ele queria.
E tinha um coração do tamanho do mundo. Saia de uma seriedade profunda para a emoção imediata, quando o coração dizia que era chefe e pai ao mesmo tempo.
A marca Costa Oeste era seu grande xodó. E por isso, sempre quis que todos trabalhassem dentro de um mesmo espírito regional, mostrando que a marca era forte, promissora e que traria resultados para todos.
E quando sorria, era um riso largo, uma gargalhada forte, que o transformava novamente em criança. Gostava de estar com os amigos, apreciador de um bom churrasco, dificilmente sentava nos encontros com seu time. Preferia trocar uma conversa com todos da equipe.
Nem sempre o assunto era trabalho, afinal, momentos de confraternização eram especiais.
Mas em suas mensagens, sempre deixou claro, que o espírito de equipe deveria falar mais alto. Resultados eram importantes para a sobrevivência de todos.
Mas, calou-se a voz... o amigo, o chefe, o sonhador, pai e principalmente, um empresário brasileiro, hoje descansa e nos espera no paraíso.
Abraços, Josias de Lima, gerente da Rádio Independência 92,7 FM.
*Homenagem dos colaboradores da Rede Costa Oeste a Moacir Hanzen
Minha referência
A vida é um enigma. Todos nós buscamos formas perfeitas de viver: com saúde, (bem relativo), com paz (essa está dentro da gente), felicidade (são momentos), sucesso (depende do ponto de vista).
Mas, uma coisa eu aprendi com minha referência, não deixe para viver tudo isso no futuro. Nós não temos data de validade, aí está o grande enigma da vida, não saber o fim de seu tempo.
Eu vi minha referência, conhecer lugares, pessoas, tentar, e tentar.... tentar ser empresário, tentar ser pai (ops amigão), tentar ser patrão, irmão, político, tentar ser avô, emagrecer, agricultor, marido, TENTAR.
Nem tudo minha referência conseguiu, mas, jamais deixou de tentar. Está aí a grande lição, isso é viver. Ter novas experiências. O que me adianta viver 30 anos fazendo a mesma coisa, no mesmo lugar, estático? Isso não experiência, simplesmente é tempo passando.
Minha referência não suportava essa ideia. Gostava de uma novidade, ainda mais se ela for tecnológica, mesmo se achando um pouco “dino”. Adorava mandar linguis (links) de suas criações para os seus contatos.
Minha referência fazia questão de receber o “linguis” a cada notícia impactante. Mas, quando encontrei seu contato no WhatsApp depois do texto feito às pressas, em choque, segurando as lágrimas, percebi que desta vez isso não seria mais possível.
Minha referência tinha partido. Deixando mais um ensinamento.
O que é ser uma referência para alguém.
Com gratidão, Alessandro Kunhaski - colaborador Costa Oeste 106,5 FM
Fonte: Marcia Hanzen