Sem qualquer aviso no ônibus e nos terminais, a notícia de que a tarifa do transporte coletivo vai ficar mais cara, pegou os passageiros de surpresa.
"Não, eu não sabia, ninguém falou nada. R$ 3,30? aumentou né?" questiona uma usuária do transporte coletivo.
A autorização para o aumento de 13,7% na tarifa foi publicada no Diário Oficial de hoje, (29). O decreto assinado pelo prefeito, pelo presidente da Cettrans e pelo secretário de assuntos jurídicos, tem data do dia 23 de dezembro, último dia de trabalho no município, antes do recesso de fim de ano.
A partir de quarta-feira, (29), usar o transporte vai custar R$ 3,30, apesar das inúmeras deficiências no serviço. "Se espera, as vezes, 20 minutos, meia hora no ponto e o ônibus não vem. ?? complicado", conta um passageiro.
Para Silmara com tantos, aumentos nas contas de 2015, a nova tarifa já era esperada. "Bem, na realidade acho que todo mundo já estava esperando por isso. Tudo está aumentando ultimamente, né!", conclui a passageira.
Já para o sindicato que representa os trabalhadores, o índice ficou acima do esperado e bem superior para a oferta de reposição da categoria.
"Ah, a gente tá vendo um aumento aí meio alto para a população, né. Mas, enfim, vamos ver a reação do povo", afirma o representante do sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo.
Com o aumento, Cascavel passa a ter a mesma tarifa de Curitiba. Já em Foz do Iguaçu, a passagem custa R$ 3,20 e em Toledo, R$ 2,80.
Em nota, as empresas que operam o transporte coletivo informaram que o reajuste anual era previsto em contrato. O índice seria referente ao aumento de insumos usados para a manutenção do serviço. Já a promessa de redução da tarifa com o fim da função de cobrador, pelo jeito vai ficar só na promessa mesmo.
"Abaixou, mas abaixou os R$ 0,40 do bolso do passageiro e não da tarifa. Então a população agora está indignada e com certeza", afirma o representante.
Segundo as empresas, a redução da tarifa estava condicionada à demissão dos cobradores, o que não é permitido por lei. Eles teriam sido realocados em outras funções. Para a população resta reclamar e protestar.
"Fazer greve, porque não dá não. E a gente vai ganhar só pra trabalhar?", questiona outra usuária do transporte.
Fonte: Catve