"To vendendo a minha mãe para comprar tomate, porque tá horrível desse jeito", brinca a consumidora.
A reação da Leila é a mesma da maioria dos consumidores que descobrem o preço do tomate. O produto está sendo vendido a R$ 5,99 o quilo e pode chegar a R$ 6,99 o quilo, dependendo a variedade. "Tá caro, mas nós temos que levar", lamenta outro consumidor.
Se os valores estão nas alturas, a qualidade não acompanha. Produtos manchados e machucados desagradam os clientes mais exigentes. E uma combinação de fatores é responsável por este cenário.
"Além dos prejuízos que nós estamos tendo devido ao clima que tem atrapalhado muito, a oferta do produto é muito pequena, não temos muitos produtos para comprar, a procura neste período é grande e aí acontece essa variação de preços", diz o gerente de um supermercado.
Com tanta dificuldade de produzir o tomate aqui na região, o jeito tem sido trazer o produto da Bahia. O frete é mais caro e impacta no preço. Quem compra leva apenas o necessário, três, quatro frutas no máximo. Mas muitos consumidores têm desistido de levar. "Muito caro. Hoje vai ficar sem tomate", diz outro consumidor.
A reclamação é geral, mas sempre acompanhada de compreensão, afinal, quem tem culpa da chuva e da entre safra?
"Acredito que não seja culpa do comerciante. A inflação tá descontrolada, o tempo não está ajudando, então o produtor rural não tem culpa. De quem é a culpa? Impossível de saber", esclarece um comprador.
A boa notícia é que o mercado já começa a reagir. Na Ceasa de Cascavel, o produto que na semana passada era vendido a R$ 5 quilos, hoje custa R$ 4,50. Nos próximos dez dias a queda deve ser ainda maior, mas até lá o consumidor deve aprender a substituir.
"Sempre dentro da feira tem alguma opção. Uma ou outra opção ele sempre vai encontrar para substituir o produto. Isto é até uma maneira de ele forçar a queda do preço do produto que ele está utilizando", diz o gerente.
Fonte: Catve