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Rádio Costa Oeste
O apresentador e humorista Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira (5) aos 84 anos em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês. O falecimento de Jô foi comunicado por Flavia Pedras, ex-mulher do apresentador, pelo Instagram. A causa da morte, entretanto, não foi informada.
Na postagem, Flavia diz que Jô Soares morreu "cercado de amor e cuidados" e que o funeral será restrito aos familiares e amigos. A informação foi confirmada pela Globo News e também publicada no portal G1.
José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro no dia 1º de janeiro de 1938. Além de apresentador de televisão e humorista, Jô foi escritor, diretor e ator. Ele deu início à carreira como apresentador no SBT com o programa Jô Soares Onze e Meia, que foi ao ar entre 1988 e 1999. Em 2000, estreou, na Rede Globo, o Programa do Jô, encerrado em 2016. O programa é considerado, até hoje, um dos mais famosos talk-shows do Brasil. Desde 2016, era o ocupante da a cadeira número 33 da Academia Brasileira de Letras.
Há quatro anos, lançou dia autobriografia, O Livro de Jô – Uma Autobiografia Desautorizada, com texto de Matinas Suzuki Jr., em que contava passagens de uma vida fantástica - de adolescente de família rica que vivia no Copacabana Palace e estudava na Suíça ao início da carreira de ator com os típicos perrengues. Foram dois volumes no total, mostrando Jô como testemunha de grande parte da cultura brasileira.
– Sou a soma do que devo aos meus pais, Mercedes e Orlando, e também aos meus amigos – contou ele, em entrevista na época. – O livro é fruto do conjunto desses encontros.
Já o autor, entregou em conversa com o jornal O Estado de São Paulo:
– As lembranças mexeram com ele. Muitas vezes, além de chorar, Jô interrompia a conversa para telefonar para a pessoa da qual falávamos.
Em 2019, o livro ganhou uma adaptação para o teatro, batizada de O Livro ao Vivo.
Muito lembrado pela carreira na televisão, Jô Soares deixa uma obra de pelo menos 10 livros, tendo O Xangô de Baker Street, de 1995, que virou filme, e O Homem que Matou Getúlio Vargas, de 1998, como os mais populares. Em 2005, lançou Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, da qual passou a fazer parte anos depois.
Embora discreto com a vida pessoal, Jô Soares compartilhou em muitos momentos o drama da perda de seu filho Rafael, que morreu em 2014, aos 50 anos. Rafael faleceu devido ao desenvolvimento de um câncer no cérebro, contra o qual lutou por mais de um ano. Fruto do primeiro casamento de Jô Soares com a atriz Teresa Austregésilo, Rafael também sofria de autismo de alto nível.
Fonte: GZH