Os oito presos da operação Custo Brasil passaram a madrugada desta sexta-feira (24) na sede da Polícia Federal na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. Entre eles está o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, apontado como um dos principais beneficiados do esquema de propina que desviou R$ 100 milhões dos funcionários públicos que fizeram empréstimo consignado.
Eles dormiram em celas, mas não foi divulgado se eles dividiram o espaço durante a noite. O grupo deixou a sede da PF por volta das 8h20 e foi levado à Sexta Vara da Justiça Federal, na Alameda Ministro Rocha Azevedo, em três viaturas.
Após prestarem depoimento, os presos irão voltar para a Lapa e devem ser interrogados pela Polícia Federal ainda nesta sexta.
Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, e o advogado Guilherme de Sales Gonçalves, apontado como operador do escritório de advocacia que repassava o dinheiro por serviços fictícios para Paulo Bernardo, continuam foragidos.
Segundo o Ministério Público Federal, a empresa contratada pelo Ministério do Planejamento para gestão de crédito consignado a funcionários públicos , o Grupo Consist, cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos. A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões. "Dezenas de milhares de funcionários públicos foram lesados", disse o superintendente da Receita Federal em São Paulo, Fábio Ejchel.
A Operação Custo Brasil foi deflagrada nesta quinta-feira em cinco estados. Ao todo, foram expedidos 65 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento.
Fonte: G1