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Rádio Costa Oeste
A Administração Municipal de Missal, por intermédio da Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA), coordenado pela nutricionista Jaqueline Schons da Secretaria de Saúde, aplicou questionários nas instituições de ensino da rede municipal para crianças de 00 a 10 anos.
Foram aplicados 706 questionários entre os 1.205 alunos nesta faixa etária, o que representa 54,94% de cobertura. A maior faixa etária a responder foi de 05 a 09 anos de idade, com 70,96% de cobertura (479 questionários). Houve 38 questionários em crianças menores de 02 anos, 189 em crianças de 02 a 04 anos.
Os pais ou responsáveis destas crianças responderam a dois questionários. Um destinado especificamente para crianças menores de 02 anos de idade e outro para maiores de 02 até 10 anos de idade. O objetivo é acompanhar o estado nutricional das crianças, estabelecendo estratégias de promoção e prevenção da saúde.
O levantamento apontou que em Missal há 34 crianças destas 706 que responderam o questionário, com o peso elevado para idade, portanto, com obesidade infantil. Isso representa 2,8% do total do público até 10 anos de idade e 4,8% do público entrevistado.
Avaliação dos resultados
De acordo com relatório preliminar, se percebe o consumo precoce de alimentos processados e ultra processados, sobretudo, em crianças menores de 02 anos. “O estudo aponta que o consumo de biscoitos recheados, doces, guloseimas entre as faixas etárias é igual, o que significa dizer que há uma iniciação precoce do consumo de doces pelas crianças”, avalia Jaqueline.
O ideal é que crianças não consumam nenhum destes alimentos citados até os 02 anos de idade, e que após esta idade, haja um consumo equilibrado, se possível evitando-os. “O consumo de alimentos industrializados ocorre muito cedo, ao invés de haver um consumo mais saudável como arroz, feijão, carne, frutas, verduras, entre outros”, alerta a nutricionista.
Prevenção
A ideia do programa, bem como da pesquisa, é a prevenção à obesidade infantil. “A obesidade é considerada uma doença”, destaca. “No futuro uma criança obesa pode desencadear outras doenças como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras, muito cedo, o que pode atrapalhar a vida adulta”, relata Jaqueline.
A obesidade em crianças e adolescentes é um problema grave, que ocasiona repercussões deletérias importantes em crianças, adolescentes, jovens e adultos, além de sobrecarregar o SUS com altos custos relacionados ao tratamento do agravo e de suas complicações.
Fonte: Assessoria Missal