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Rádio Costa Oeste
Moacir Leite, presidente do Conselho Tutelar de São Miguel do Iguaçu, participou na manhã desta quarta (14), no jornal Costa Oeste News, para falar sobre os riscos e proibições do cigarro eletrônico.
Com uma diversidade de essências, de cores e design tecnológico, os cigarros eletrônicos viraram moda entre os jovens. Diferente dos cigarros comuns, ele não queima por combustão, e sim, por vaporização. Esse foi o motivo que os fabricantes defendiam, há cerca de duas décadas, que seriam menos prejudiciais e ajudariam os fumantes a largarem o vício dos cigarros comuns.
Mesmo a OMS nunca reconhecendo como tratamento antitabaco, esse discurso foi propagado por muitos anos. Após estudos, especialistas descobriram o potencial nocivo para a saúde e o crescimento do tabagismo nos usuários destes produtos.
É como Moacir inicia a entrevista, já alertando que o efeito danoso de cigarros eletrônicos e narguilés é muito maior do que cigarros comuns e observa que já existe uma lei municipal em São Miguel proibindo o uso por crianças e adolescentes e o uso em locais públicos.
“Sobre o narguilé especificamente nós temos a lei municipal, proibindo o uso dele em locais públicos, já há bastante tempo e é importante que se observe isso”
Sobre a fiscalização desta lei, o presidente explicou que o contingente policial não consegue ser mais efetivo, dada as demandas mais urgentes do município e por isso a sociedade precisa ajudar.
“O principal fiscal é a sociedade, que deve entender isso e não admitir esse uso que prejudica justamente seus filhos. Então, os pais, eu acredito que, os que se importam com os seus filhos, devem ser os principais fiscalizadores dessa droga.”
O presidente também alerta para a proibição de venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, pois além de crime, o estabelecimento também responde por infração administrativa.
“Dentro desse tema, em razão de algumas abordagens que nós fizemos no mês de julho, o MP instaurou um procedimento aqui, para orientar e advertir os comerciantes... nós estamos visitando todos os comércios, principalmente os que comercializam bebida e tabaco e a recomendação é bem explícita, que o comerciante deve expor isso (informativo sobre as proibições), colocar na sua parede. É uma orientação colocando todos os pontos, a proibição, inclusive, sobre a entrada e permanência de crianças e adolescentes nos espaços, bares, festas... Na fiscalização, o comerciante não poderá alegar que não tinha conhecimento.”
Sobre a possibilidade de o tema “cigarro eletrônico” ser levado para a conferência municipal dos direitos da criança e do adolescente, que ocorrerá dia 19 de outubro, Moacir afirma que sim e exaltou a participação da sociedade na pré-conferência, sobretudo do próprio adolescente.
“A prevenção precisa ser falada em todos os espaços... é importante que a sociedade participe, você percebeu ontem os adolescentes participando, eles que são os destinatários das políticas públicas relacionado à infância e é importante a participação deles. Eles estão tendo voz, é um espaço democrático.”
Fonte: Costa Oeste News