O crescimento acelerado da produção agrícola no Brasil foi acompanhado de um rápido aumento do consumo de agroquímicos no país, o qual se expandiu cerca de oito vezes em termos absolutos e sete vezes em termos da aplicação por área cultivada no período. Para além do aumento da quantidade demandada de agrotóxicos legais, o crescimento da produção agrícola pode ter ocasionado a expansão do mercado ilegal destes produtos, abrangendo itens falsos, adulterados, assim como os provenientes de furto, roubo ou contrabando. 

Produtos contrabandeados, em particular, poderiam ampliar os riscos à saúde ou ao meio ambiente decorrentes do uso de agrotóxicos por não passarem por controles sanitários ou ambientais no Brasil, podendo, assim, introduzir no país substâncias banidas ou mais tóxicas do que similares de uso autorizado. Além disso, seu transporte e seu armazenamento raramente são realizados de acordo com as normas vigentes, e seu acondicionamento é frequentemente feito de forma amadora, criando riscos adicionais. Tais produtos poderiam, ainda, causar impactos negativos sobre o acesso de produtos agrícolas brasileiros a mercados externos fortemente regulados. Isso sem levar em conta, os malefícios à saúde do produtor e ao consumidor.

O Conselho de Sanidade Agropecuária de Medianeira (CSA), promoveu um encontro na manhã desta quinta-feira (20), para abordar estas e outras questões de danos, sejam da ordem financeira, sejam da ordem sanitária.

Para isso, convidou o Dr. Giovani Ferri, Promotor de Justiça da 3º Promotoria de Justiça da Comarca de Toledo para proferir uma palestra, que contou coma presença de produtores rurais, Sindicato Rural, Cooperativas, instituições financeiras, Ministério Público e órgãos de segurança, como a Polícia Ambiental.

Dr. Gionavi falou sobre o tema da palestra, “Agrotóxicos ilegais e suas implicações jurídicas”:

Fonte: Costa Oeste News