A audiência de conciliação dos dissídios coletivos que envolvem os motoristas e técnicos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Sudoeste do Paraná, realizada nesta terça-feira (28) na sede do TRT-PR, terminou sem acordo.
Os dissídios foram ajuizados pelo Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), que gerencia o serviço na região, motivados pelo indicativo de greve das categorias. Nos dois processos, discute-se um novo acordo coletivo de trabalho para motoristas e técnicos socorristas do Samu. Em ambos os casos já houve conciliação parcial, onde foi concedido reajuste salarial de 11,08%, equivalente ao cálculo da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O principal impasse que ainda não foi resolvido diz respeito ao percentual de reajuste do piso-salarial. O Ciruspar alegou não ter condições de atender à requisição dos trabalhadores, mas que tem se esforçado para obter recursos junto aos governos estadual e federal.
Uma reunião de prefeitos das bases descentralizadas do Samu na região deve acontecer até sexta-feira (1º) para discutir as reivindicações dos motoristas e técnicos socorristas. No sábado (2) pela manhã, trabalhadores e Ciruspar têm agendado um encontro para avaliar as propostas de ambos os lados. Caso não haja consenso, a partir de segunda-feira (4) os trabalhadores entrarão em greve.
Caso a paralisação aconteça, ficou determinado pela Justiça que, das 16 ambulâncias em operação no sistema, oito deverão funcionar (quatro delas referentes ao atendimento avançado - UTI Móvel e quatro de atendimento básico). A desembargadora Marlene T. Fuverki Suguimatsu, que presidiu a sessão, concedeu também prazo para que as partes juntem ao processo as suas defesas e respectivas manifestações.
O Ciruspar é responsável pelo atendimento dos casos de urgência médica de 42 municípios da região Sudoeste do Paraná, onde vivem cerca de 480 mil habitantes.
Fonte: Massa News