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Rádio Costa Oeste
Em sessão extraordinária na Câmara de São Miguel do Iguaçu, na tarde desta segunda (16), os vereadores colocaram em tramitação o projeto de lei 137/2023 do executivo municipal, que trata da recomposição salarial inflacionária para os servidores públicos municipais.
O projeto 137/2023 prevê para o cálculo da recomposição o IPCA acumulado de janeiro a dezembro de 2022, que é 5,79%, de acordo com o IBGE. Serão contemplados pelo ajuste: efetivos, PSS, teste seletivo, aposentados, pensionistas e comissionados, prefeito municipal e vice, secretários e conselheiros tutelares.
Os agentes comunitários de saúde e agentes de endemias não serão beneficiados pela lei, visto que possuem o piso salarial nacional estabelecido pela emenda constitucional 120/2022. E os professores mais antigos desejam ficar fora do projeto por entenderem que serão prejudicados, pois não tiveram reajuste salarial desde 2015.
Anderson Lazzeris, presidente da Câmara de São Miguel do Iguaçu, justificou que o projeto não foi votado hoje para tentar solucionar o reajuste dos professores.
"Em reunião das comissões, os vereadores decidiram deixar em tramitação por uma questão de os professores estarem numa luta desde 2015 a respeito de um reajuste salarial deles, e nós não queremos afetar nenhuma categoria. E esse reajuste é para todos, então, nós preferimos nos reunir amanhã para poder resolver esse problema aí."
Gladis Vendrusculo, professora antiga da rede municipal, esclarece alguns rumores equivocados e o motivo da luta da classe pelo reajuste salarial.
"A verdade, nós viemos aqui por uma questão que talvez é um mal entendido que está por aí, que nós queremos aumento, Não! Nós estamos aqui só solicitando a questão da defasagem do nosso salário desde 2015, não são todos os professores, são os professores mais antigos. E nós concordamos sim com o aumento para todos, que é um direito de todos, porém, o nosso precisa ser olhado de uma forma particular. Essa defasagem de alguns professores é uma minoria, mas é uma defasagem que está ali, que vai estar nos prejudicando mais tarde, na nossa aposentadoria."
Fonte: Costa Oeste News