Presidente do sindicato dos servidores públicos de São Miguel do Iguaçu, Rosnete Hubler, concedeu entrevista à Rádio Costa Oeste News para esclarecer questões relacionadas aos professores da educação municipal. O impasse entre Gestão Pública e Professores sobre a correção da tabela salarial da categoria resultou em uma determinação judicial para impedir a greve que havia sido definida em assembleia no último dia 31.

Os professores argumentam que eles vêm sendo prejudicados por uma distorção da tabela salarial da classe e que buscam diálogo com a Gestão Pública, o que não vem acontecendo, razão pela qual enviaram um ofício informando que se o Prefeito não recebesse uma comitiva de professores para debater o assunto em questão, no prazo de 72h, a medida a ser tomada seria o início de uma greve. Como resposta, a Gestão Municipal entrou com processo de tutela antecipada impedindo a possibilidade de greve, recebendo parecer favorável da Justiça na última sexta (03).  

“O município, com base nesse documento, entrou com processo de tutela antecipada na justiça para que o movimento não acontecesse e saiu um parecer da Justiça favorável à administração para que o movimento não aconteça ‘neste momento’, então, isso é que tem que ficar bem claro para a população de São Miguel do Iguaçu, para os professores que estão acompanhando aqui a rádio, que neste momento o que Juiz pede é que se organize tudo isso, se organize esse movimento, para que a população não tenha seus prejuízos com a manifestação dos professores. Então, na sequência, o sindicato entrará com recurso e aguardará a resposta do juiz, mas, os professores continuam propensos a essa manifestação porque foi a forma que foi encontrada, não é da vontade dos professores, não é da vontade de ninguém paralisar o trabalho, mas, quando você tem uma administração que não dialoga, que não conversa, você precisa forçar essa negociação, forçar essa conversa, forçar esse diálogo”, explicou Rosnete.

De acordo com Rosnete, as perdas na tabela salarial vêm ocorrendo desde 2015, o Governo Municipal paga o piso salarial dos professores, mas houve um “achatamento” da tabela salarial, e a luta dos professores é para recuperar todas essas perdas que tem impacto negativo, principalmente, na aposentadoria. No início do Governo atual, já houve uma tentativa de diálogo.

“Nós também entramos, lá no início da gestão do Prefeito Mota, em negociação com ele para que ele olhasse para os professores, e juntamente com a categoria, colocasse uma proposta para correção, porque o sindicato aponta dados de limite previdencial, de limite fiscal que o município tem essa possibilidade de fazer essa correção, o município diz que não, mas não encaminha documentos oficiais para o sindicato e para os professores oficializando esses dados.”

Rosnete finaliza esclarecendo que o papel do sindicato dentro da estrutura chamada serviço público é para que os servidores que estão servindo a população tenham os seus direitos respeitados, para que ele tenha condição de trabalho e possa oferecer um serviço de excelência para a comunidade, e que um município como São Miguel do Iguaçu, que tem superávit todos os anos, tem condições de solucionar o problema dos professores.

Fonte: Costa Oeste News