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Rádio Costa Oeste
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) será ouvido nesta segunda-feira (5), pela Polícia Federal, para prestar esclarecimentos sobre ofensas feitas por ele ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em maio, por unanimidade, a Corte indeferiu o registro de candidatura por entender que o ex-procurador burlou a Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do MPF (Ministério Público Federal) com reclamações disciplinares pendentes de julgamento.
O ex-procurador da Lava Jato afirmou, em entrevistas, que os sete ministros do TSE combinaram nos bastidores a decisão de retirar seu mandato antes mesmo de o tema ser julgado pelo plenário da corte.
Ao ministro Benedito Gonçalves, relator do processo no TSE, as críticas foram mais duras. "O ministro condutor do voto trouxe um voto que objetiva entregar a minha cabeça em troca da perspectiva de fortalecer a sua candidatura ao Supremo", disse Deltan.
O depoimento de Deltan Dallagnol estava previsto para a última sexta-feira (2), mas foi remarcado para o início desta semana. Segundo a assessoria de imprensa do ex-deputado, ele só teve acesso à razão da investigação no momento do depoimento.
"O deputado pediu ao seu advogado que solicite ao STF que o sigilo sobre o feito seja levantado, em prestígio à publicidade dos atos públicos e valorização da transparência", dizia a nota.
Segundo Deltan Dallagnol, ele foi intimado para "depor como investigado sobre uma entrevista que fez como parlamentar, com relação a fatos relacionados à sua atividade, exercendo seu direito e protegido por sua imunidade sobre opiniões e palavras".
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a conduta de Dallagnol após o ex-deputado afirmar, sem provas, que o TSE combinou o resultado do julgamento dele.
O ex-procurador disse, ainda, que o relator Benedito Gonçalves articulou por interesses próprios. "Entregou minha cabeça por vaga no STF", disse à Folha de S. Paulo.
Fonte: Portal do Paraná