Em entrevista ao Costa Oeste News, o proctologista Dr. Diogo Ribeiro esclarece as dúvidas mais comuns sobre hemorroidas. Segundo o especialista, essa condição é caracterizada pelo alargamento dos vasos sanguíneos no canal anal, provocando sintomas como sangramento, dor, coceira e ardência após a evacuação. Dr. Ribeiro destaca que é importante diferenciar as hemorroidas de outras condições, como problemas na próstata ou câncer anal, para evitar confusões e preocupações desnecessárias.

Em relação aos fatores de risco, o médico ressalta que a genética desempenha um papel importante, com casos de hemorroidas ocorrendo em famílias inteiras. Além disso, a dificuldade na evacuação e a irregularidade do intestino também são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da condição. Passar muito tempo sentado no vaso sanitário também pode exercer pressão excessiva sobre os vasos anais, aumentando o risco de dilatação.

Contrariando alguns mitos, o Dr. Ribeiro enfatiza que a prática regular de atividade física é benéfica para a prevenção e tratamento das hemorroidas. Ele explica que a força física necessária para desencadear uma crise hemorroidária é considerável e normalmente não ocorre durante a prática de exercícios físicos moderados. Portanto, a atividade física pode ajudar a melhorar a circulação e a regularidade intestinal, contribuindo para a prevenção da condição.

Existem diferentes tipos de hemorroidas, conforme explicado pelo especialista. As internas são aquelas localizadas no canal anal, podendo variar de grau 1 (menos volumosas e sintomáticas) até grau 4 (hemorroidas permanentemente prolapsadas). Já as externas afetam os vasos na borda do ânus. Muitas vezes, a condição é mista, envolvendo ambos os tipos. O tratamento varia de acordo com o grau e pode incluir medidas como regularização do intestino, melhor higiene anal e, em casos mais graves, procedimentos como ligadura elástica ou intervenção cirúrgica.

Durante a gravidez, é importante adotar medidas preventivas para evitar ou minimizar o desconforto associado às hemorroidas. Dr. Ribeiro ressalta que o tratamento cirúrgico geralmente é adiado para o pós-parto, optando-se por medidas não invasivas durante a gestação. Para prevenir a condição, é recomendado manter uma alimentação rica em fibras, beber bastante água, evitar longos períodos sentado no vaso sanitário e higienizar corretamente o ânus após a evacuação. Além disso, a fisioterapia pélvica pode ser uma opção para gestantes, auxiliando no fortalecimento dos músculos da região e aliviando a pressão exercida pelo útero e pelo bebê.

Fonte: Costa Oeste News