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Rádio Costa Oeste
Nesta segunda-feira (03), o Costa Oeste News teve a oportunidade de entrevistar José Colombari, presidente do sindicato patronal de São Miguel do Iguaçu, sobre a recente visita a Israel. A viagem teve como objetivo buscar soluções para a estiagem que assolou o Paraná, principalmente na região oeste do estado.
De acordo com José Colombari, "a safra 21/22 o Paraná sofreu uma grande estiagem principalmente aqui na região oeste do Paraná e a região oeste do Paraná é uma grande produtora de alimentos nós temos a atividades de agropecuária suínos, aves, leite e principalmente a piscicultura, que está em crescimento. então a Federação preocupada com essa questão hídrica no estado ela contratou a Embrapa para fazer um trabalho sobre a questão hídrica em todo o estado do Paraná, esse trabalho vai ser entregue agora no dia 13 de julho, lá em Curitiba num evento da comissão de Meio Ambiente da Federação, então o objetivo dessa viagem foi conhecer Israel, hoje é uma referência em irrigação e também da questão da sustentabilidade, é um país olhando Israel comparando com o nosso Estado do Paraná ele é uma décima parte em extensão geográfica, Mas falando em economia cinco vezes maior que a economia do Estado do Paraná. então Israel tem muita tecnologia e muito inovação nessa questão da irrigação".
Durante a visita, o presidente ficou impressionado com o potencial de Israel, afirmando que "Israel é cinco vezes mais do que o Estado do Paraná, eles são grandes exportadores de tecnologia e inovação, produtores de diamante e também exportadores de alimento." Ele destacou que o país é referência em sustentabilidade, devido ao seu território semiárido e pequeno, e a utilização eficiente da água por meio da irrigação. "Tudo que se produz lá em Israel através da irrigação eles têm 80% de aproveitamento do reuso da água, tratamento de esgoto", ressaltou.
Quando questionado sobre os principais desafios para implementar as técnicas israelenses na produção de alimentos em São Miguel do Iguaçu, Colombari mencionou que "primeiramente é a questão de trazer essas tecnologias para cá e nós temos aqui hoje já no Brasil uma indústria ela fica sediada no Estado de São Paulo na cidade de Ribeirão Preto, e suas Tecnologias principalmente na questão da irrigação, de gotejamento, porque gotejamento é uma irrigação que Supre a necessidade das plantas com alta economia e com equipamentos que controlam a questão do teor de umidade e temperatura então eles são muito avançados nessa tecnologia".
Sobre as expectativas em relação à aplicação das técnicas em São Miguel do Iguaçu, o presidente do sindicato enfatizou que, apesar do custo inicial mais elevado, a utilização dessas tecnologias trará benefícios a longo prazo. "Quando você vê essa tecnologia de irrigação no primeiro momento ela tem um custo mais elevado porque pode variar em torno de 20 a 50 mil reais por hectare, no primeiro momento, dependendo da tecnologia que ele vai utilizar", explicou.
Quanto à disseminação do conhecimento adquirido, Colombari afirmou que "através do sindicato rural nós estamos aí é fazer nessa comunicação através dos meios de comunicação rádios e jornais né e a própria Federação através dos seus boletins técnicos e também a RiC Rural ela tem promovido uma série de reportagem sobre essa visita que foi feita a Israel." Além disso, o presidente destacou a importância de programas de financiamento, como o "Programa Renova Paraná", para viabilizar a adoção dessas técnicas pelos produtores.
Fonte: Costa Oeste News