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Usina de Itaipu tem o melhor primeiro semestre dos últimos cinco anos

Em 2023, a produção de energia cresceu 35% em relação ao mesmo período de 2022.

  • 06/07/2023
  • Foto(s): Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
  • Região
Usina de Itaipu tem o melhor primeiro semestre dos últimos cinco anos

A usina de Itaipu registrou em 2023 o melhor primeiro semestre dos últimos cinco anos. De janeiro até o final de junho, foram produzidos 40.650.877 megawatts-hora (MWh), ante 30.111.313 MWh no mesmo período de 2022. No comparativo, o aumento na produção foi de 35%. No primeiro semestre de 2021, a Itaipu produziu 34.534.416 MWh; em 2020, 38.600.323 MWh; e em 2019, 40.451.294 MWh.

A produção no primeiro semestre deste ano equivale a 2,9 vezes o consumo anual de eletricidade do Paraguai e seria suficiente para atender por 28 dias a demanda de toda a eletricidade do Brasil. Os 40.650.877 MWh também poderiam abastecer por 14 meses o Estado do Paraná; por 13 meses, o Estado do Rio de Janeiro; ou, por um ano, todo o Centro-Oeste brasileiro.

Quando comparada a outras usinas do Brasil, a geração de Itaipu em seis meses foi superior à produção de todo o ano de 2022 da maior usina inteiramente brasileira, a hidrelétrica de Belo Monte. Foi, ainda, 24% maior que a geração anual da usina de Tucuruí e 28% superior ao total anual produzido pelo complexo do Rio Madeira (soma das usinas de Santo Antônio e Jirau).

De acordo com a Diretoria Técnica de Itaipu, o aumento da geração se deve à maior disponibilidade de água afluente para produção, associada a uma maior demanda dos sistemas interligados do Brasil e Paraguai. O aumento da afluência é decorrente das chuvas de verão dentro da normalidade esperada e da recuperação dos reservatórios das usinas do Rio Paraná e afluentes a montante (acima) de Itaipu, caracterizando o fim da crise hídrica registrada em 2020 e 2021.

Em 2022, Itaipu foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A usina já chegou a atender 25% da demanda de eletricidade brasileira, nos anos 1990, e perto de 20%, na década seguinte.

A ampliação e diversificação do parque energético brasileiro tornou o Brasil menos dependente da energia de Itaipu – embora não possa abrir mão de sua potência, para garantir a segurança operacional do sistema elétrico. Itaipu tem sido cada vez mais importante para fazer frente às variações das fontes renováveis intermitentes, como a eólica e a solar, cuja geração depende da disponibilidade do vento e do sol, que varia ao longo do dia. 

Modernização

Ao longo de 39 anos de produção, a usina adotou várias evoluções tecnológicas, incorporando digitalizações pontuais ou de camada, substituindo sistemas, equipamentos e componentes, buscando sempre a excelência e melhores práticas em segurança e eficiência operacional.

E, para manter os excelentes índices de desempenho operacional, a Itaipu está passando por uma atualização tecnológica, o projeto mais complexo desde a sua construção. Há pouco mais de um ano, Itaipu e o Consórcio Modernização de Itaipu (CMI) assinaram a ordem para o início da execução dos trabalhos. O contrato prevê até 14 anos de serviços, até 2036. Também está em andamento a construção de infraestruturas de apoio, com dois novos almoxarifados e dois centros de integração de sistemas e capacitação. No total, o Plano de Atualização Tecnológica (PAT) conta com investimentos de US$ 666 milhões já contratados.

O plano contempla a substituição dos sistemas de controle e proteção das 20 unidades geradoras de Itaipu, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares da usina, das comportas do vertedouro e da barragem. Além disso será substituída toda a fiação de força e controle desses dispositivos.

Também será modernizada a Subestação da Margem Direita, que conecta Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e ao sistema de corrente contínua de Furnas. Já os equipamentos pesados como turbinas e geradores possuem um ciclo de vida mais longo e não são objetos dessa atualização.

A atualização das unidades geradoras deve começar em 2026 e seguir nos dez anos seguintes. Serão duas unidades atualizadas por ano, na média de seis meses cada uma, de forma a ter o mínimo impacto possível na produção e fornecimento de energia para o Brasil e o Paraguai.

Fonte: Assessoria

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