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Itaipu Binacional e Embrapa pedem apoio da comunidade para desenvolver pesquisa em água e solo

Pesquisadores pedem apoio aos produtores rurais para ter acesso a áreas particulares em municípios do Mato Grosso do Sul para coletar amostras de solo.

Itaipu Binacional e Embrapa pedem apoio da comunidade para desenvolver pesquisa em água e solo

Conhecer o solo e o seu comportamento é essencial para adotar uma agricultura sustentável, livre de erosão, garantindo a conservação do meio ambiente. É essencial também para a produção de energia elétrica: afinal, as águas dos reservatórios dependem do cuidado com toda a área das bacias contribuintes.

Nesse sentido, a Itaipu Binacional e a Embrapa fizeram uma parceria, dentro do Programa AISA (Ação Integrada de Solo e Água), para realizar estudos dos solos das bacias dos rios Iguatemi, Amambai e Ivinhema, no Mato Grosso do Sul.

A ideia do projeto é estudar os solos e o seu comportamento para que seja possível melhorar o cálculo do volume de água que chega no reservatório da Itaipu após a ocorrência de uma chuva. Com esse conhecimento pode-se tomar medidas preventivas, trazendo vantagens para a Itaipu e para toda a sociedade que depende do manejo e da conservação do solo e da água.

As equipes estão preparadas, mas precisam de uma ajuda importante dos produtores rurais da região para desenvolver os estudos. “Os pesquisadores, devidamente identificados, irão acessar as fazendas”, explica Hudson Lissoni Leonardo, da Divisão de Apoio Operacional da Itaipu Binacional. “Contamos com o apoio dos proprietários para que facilitem o acesso”.

Abra a porteira

Para atingir os objetivos dos estudos, os pesquisadores necessitam cavar trincheiras para observar e coletar amostras do solo. No entorno das trincheiras serão realizadas avaliações de infiltração e condutividade de água no solo, serviço que deve durar cerca de 6 horas. Ao final, as trincheiras serão preenchidas novamente com o material retirado delas.

Em outras situações o trabalho é ainda mais rápido e simples, consistindo apenas na coleta de amostras de solo com trados. O produtor rural colabora com a ciência e a pesquisa, colhendo os frutos em tecnologias, para tornar a propriedade mais produtiva e sustentável.

Programação

As atividades estão previstas para começarem no mês de julho. Na primeira etapa, que vai até fevereiro de 2024, serão visitadas propriedades nos municípios de Dourados, Itaporã, Douradina, Antônio João, Maracaju, Sidrolândia, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Deodápolis, Fátima do Sul, Vicentina, Glória de Dourados, Caarapó, Laguna Carapã e Ponta Porã.

A segunda etapa acontece ao longo de 2024, quando as visitas serão nas regiões de Aral Moreira, Amambai, Juti, Naviraí, Coronel Sapucaia, Tacuru, Paranhos, Iguatemi, Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Itaquiraí, Jateí, Novo Horizonte do Sul, Ivinhema, Angélica, Taquarussu, Nova Andradina, Batayporã e Sete Quedas.

Ação Integrada de Solo e Água (AISA)

Usar a ciência e a tecnologia a favor da conservação dos solos e da água é o grande desafio do Programa AISA, uma parceria entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Itaipu Binacional, o IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) e a ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo).

Com 16 projetos de pesquisa e transferência de tecnologias e um de gestão de informação, o Programa abrange 228 municípios do Paraná e do Mato Grosso do Sul, na área de contribuição do reservatório de Itaipu, aproximadamente a 160.000 km2, de grande importância nacional para a produção de energia e agropecuária.

Pesquisas a campo

O chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), Rafael Zanoni Fontes, explica que a região em que a pesquisa a campo será realizada é drenada pelos rios Ivinhema, Amambai e Iguatemi que contribuem com água e sedimentos para a bacia hidrográfica do rio Paraná, que por sua vez, abastece o reservatório da Usina.

Além disso, Fontes destaca que os resultados deste estudo são fundamentais para aumentar o índice de qualidade dos sistemas de produção estaduais, para aprimorar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), além de contribuir com o desafio de inovação de mitigação e prevenção da degradação dos solos e da água pela adoção de sistemas conservacionista de produção agrícolas, pecuários e florestais.

Fonte: Assessoria

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