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Professora é investigada por suspeita de racismo contra soldado da PM em sala de aula no Paraná

Vítima fez palestra sobre respeito na escola e, segundo depoimentos, foi alvo do crime ao sair da sala. Secretaria de Educação lamentou e disse que a servidora está afastada.

Professora é investigada por suspeita de racismo contra soldado da PM em sala de aula no Paraná

Uma professora do Colégio Estadual Leocádia Braga Ramos, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), é investigada por suspeita de racismo contra a soldado da Polícia Militar Luci Ferreira. Segundo depoimentos, ela chamou a agente policial de "macacona".

O caso ocorreu dentro de uma sala de aula, após a soldado dar uma palestra sobre respeito aos alunos, no dia 31 de maio. Ela contou que soube do crime no dia seguinte por relatos dos estudantes.

"Não acredito que uma professora fez isso. Eu tinha acabado de sair de lá, falei exatamente o contrário que ela está fazendo. E aí eu vim para dentro da minha casa e comecei a chorar", relatou.

Nas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver que, após a soldado sair da sala, a professora se levanta e caminha em direção aos estudantes gesticulando. Alguns deles denunciaram a professora informando que ela imitou um gorila.

Além disso, os alunos contaram à vítima que a professora colocou o dedo na garganta, simulando nojo.

"É uma professora, é uma formadora de opinião, é uma pessoa que tem relevância na sociedade. Como assim ela vai ensinar? Vai propagar, perpetuar, um crime horroroso desse? É chocante", afirmou a soldado.

Vítima deu palestra sobre respeito

A soldado contou que foi convidada pela diretora da escola para conversar com as crianças e adolescentes sobre respeito.

"Eu fui nas oito primeiras salas, sempre falando a mesma coisa. Eu sempre bato na tecla nessas palestras sobre respeito. O respeito entre menina, menino, com os funcionários, com a direção. Respeitar o professor dentro da sala de aula, o aluno que é gay, negro, qualquer outra coisa. Todo mundo tem quer ser respeitado", disse.

Luci também é permissionária no colégio, ou seja, mora e cuida do local. Segundo ela, isso faz parte de um convênio entre a Polícia Militar e a Secretaria de Educação.

"Todas as escolas têm uma residência, que é pra gente cuidar no período de férias, à noite, em feriados", falou.

O que dizem a polícia e a Seed

Luci registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.). Segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), o caso está sendo investigado, e a suspeita prestou depoimento e negou as acusações.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) lamentou o caso e informou que a servidora está afastada e que uma sindicância será aberta para apurar a situação.

"Caso comprovado o ato racista, a professora autora do fato responderá processo administrativo disciplinar correndo risco, inclusive, de destituição do cargo", diz a nota.

Fonte: G1 Paraná

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