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Padrasto e mãe são condenados pela morte de jovem autista no Paraná

Rômulo Borges, de 19 anos, foi encontrado morto em casa, em fevereiro de 2022. Segundo investigação, ele era vítima de maus-tratos.

Padrasto e mãe são condenados pela morte de jovem autista no Paraná

A mãe e o padrasto do jovem Rômulo Borges, de 19 anos, foram condenados nesta sexta-feira (14) pela morte do jovem. O julgamento ocorreu em Ponta Grossa, um ano e cinco meses após o crime. Foram cerca de 16 horas de julgamento.

Rômulo, que estava no Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi encontrado morto dentro da casa em que morava. A investigação indicou que ele era vítima de maus-tratos. 

Samuel de Jesus da Silva foi condenado por tortura, cárcere privado, fraude processual e homicídio qualificado, por meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena determinada foi de mais de 23 anos, com pelo menos um ano de detenção.

Renata Fernandes Quadros Borges foi condenada pelos mesmos crimes, com exceção de homicídio. A pena determinada foi de três anos e ela responderá em liberdade.

O júri acatou a tese do Ministério Público (MP-PR) de que era o padrasto quem estava com Rômulo no momento da morte.

A defesa dos agora condenados disse que vai avaliar as sentenças para definir se apresenta recurso.

O promotor responsável pelo caso disse que vai apresentar recurso para aumentar a pena dos dois condenados porque, segundo ele, houve um erro no cálculo.

Relembre o caso:

MP-PR recebeu em 2019 denúncia de maus-tratos a jovem autista encontrado morto.


Investigação

Segundo a investigação, quando Romulo foi encontrado, ele tinha um ferimento na testa. 24 testemunhas foram ouvidas no processo.

O Ministério Público (MP-PR) sustentou, com base nas investigações, que em algumas situações, Rômulo passava parte do tempo amarrado e amordaçado em um banheiro antigo.

Ele também era privado de condições de higiene, conforme a denúncia.

Ainda de acordo com a investigação, testemunhas indicaram que antes de morrer, Rômulo estava magro e debilitado.

O que disseram os réus

Durante o júri, o padrasto e a mãe negaram as acusações, assim como fizeram durante todo o processo.

A defesa deles apresentou provas sustentando que Rômulo tinha momentos de surto e ataques de epilepsia, o que fazia com que ele se machucasse. Afirmou, também, que ele machucava a si próprio.

A defesa também afirmou que, por falta de dinheiro, a família não tinha melhores condições para o jovem.

O promotor disse que a mãe não participou da morte, mas foi omissa às agressões do padrasto. Disse, também, que ela também agrediu o filho em momentos anteriores.

O caso

O corpo de Rômulo foi encontrado em 18 de fevereiro. Imagens de câmera de segurança mostram a movimentação na casa na manhã do dia, registrando a saída da mãe da vítima por volta de 8h40.

Quase 15 minutos depois, o padrasto de Rômulo aparece na garagem usando o telefone. Ele entra na casa às 8h58 e sai um minuto depois, ficando na garagem por cerca de cinco minutos.

Neste instante a mãe da vítima chega, corre até o portão e encontra o padrasto na garagem. Eles entram juntos na residência.


A câmera registra ainda que às 9h07 o padrasto sai novamente da casa, e parece falar ao celular, retornando para a residência na sequência. Sete minutos depois, ele volta até a garagem com o filho menor no colo.

Às 9h21, uma ambulância do Samu passa em frente à residência.

Um minuto depois, o casal aparece na garagem e o padrasto vai até a rua, acenando para a ambulância. Às 9h23, a equipe do Samu entra na casa.

Fonte: G1 Paraná

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