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Cometê Olímpico Brasileiro anuncia premiação recorde, e medalhista de ouro vai receber R$ 350 mil

Presidente da entidade, Paulo Wanderley revela quantia de R$ 350 mil ao campeão olímpico no individual, R$ 700 mil para ser repartido pelo grupo que ficar em 1º lugar, e R$ 1,050 milhão pelo coletivo.

Cometê Olímpico Brasileiro anuncia premiação recorde, e medalhista de ouro vai receber R$ 350 mil

Defender as cores do Brasil nos Jogos Olímpicos, subir ao pódio, escutar a execução do hino nacional e entrar no seleto grupo de medalhistas é o sonho de todos atletas do país que estarão em Paris 2024. A possibilidade de ser eternizado na história do esporte impulsiona qualquer desportista, tanto no masculino, quanto no feminino. Entretanto, a premiação que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) irá destinar a quem conquistar o ouro, a prata e o bronze na próxima edição dos Jogos, servirá como um incentivo extra.

Presidente do COB, Paulo Wanderley anunciou os valores recordes para os futuros medalhistas olímpicos do Brasil. A premiação, de acordo com o mandatário, será 40% superior à ofertada em Tóquio, em 2021.

- Os atletas, as confederações, já estão acostumados com a excelência do serviço do COB. Fizemos uma primeira premiação em Tóquio, inédita, que nunca tinha acontecido antes. No próximo ano, vamos repetir, com uma premiação 40% superior à feita em Tóquio. Dividimos em: individual, grupo (2 a 6 atletas) e coletivo (7 ou mais atletas). A premiação para o medalhista de ouro, no individual, é de R$ 350 mil. Para os esportes de grupo, R$ 700 mil, e para o esporte coletivo, R$ 1,05 milhão. Previsão de R$ 7 milhões e duzentos mil reais no total, no bruto. Um milhão e meio de dólares. Para o esporte olímpico é razoável, muito razoável. Isso é para impulsionar um pouco a motivação dos atletas. Eles já são motivados, não trabalham por isso, mas é sempre bom saber que tem uma recompensa. É um plus, um empurrãozinho - comentou Wanderley, em entrevista ao ge.

Wanderley explica que a verba destinada à premiação dos medalhistas não tem relação com os patrocinadores do COB. O valor é obtido através da Lei das Loterias.

- Isso vem dos nossos recursos da Lei das Loterias. É previsto, é legal. Em função do que adotamos no Comitê Olímpico, da austeridade, é um mote, um pilar que nós temos desde o começo. A transparência, a meritocracia. Isso está dentro do nosso planejamento estratégico. É recurso nosso, que vem da loteria, que atende às confederações, aos atletas, em todas as suas formas. Treinamento, contratação de técnico, competições internacionais... fazemos o aporte desse recurso diretamente aos atletas, nossa atividade fim.


Confira a entrevista completa:

O COB trabalha com meta de medalhas ou resultados para os Jogos de Paris, em 2024?

A nossa meta é sempre a superação, de resultados já obtidos. Esse é o nosso objetivo principal. Quando você fala em meta, pode falar em quantitativo de medalha, quantitativo de medalha de ouro, quantitativo de modalidades, isso tem sido crescente no Comitê Olímpico, em todos os eventos que participamos. Em Tóquio, superamos o Rio. Em Paris, o objetivo é superar o número de Tóquio, as 21 medalhas conquistadas, sete de ouro. Tudo isso mensura a qualidade, né? Você ter um quantitativo de medalhas maior, um quantitativo maior de ouros. O ideal é ter os dois. E tem a projeção, que a parte técnica trabalha isso, que é aumentar o número de modalidades que chegaram a disputar medalhas. Essas são as metas que buscamos.


O Brasil vem de dois ciclos vitoriosos, com recorde de medalhas - Rio 2016 e Tóquio 2020. Há uma pressão por estar no embalo de dois retrospectos muito positivos?

Sim, existe a pressão, mas ela faz parte da nossa governança, da nossa gestão. Faz parte da vida do atleta de alto rendimento, de alta performance, ele vive sob pressão. E aí que vem um rendimento melhor. Estamos acostumados a isso e vamos tratar de forma adequada essa competição, esses Jogos Olímpicos em Paris.

O quão confiante está? Acha que o Brasil vai superar a quantidade das Olimpíadas anteriores?

Eu trabalho com duas possibilidades: o plano A e, se não der certo, refazer o plano A. Não tem plano B. Vai ter que ser melhor.

O que o COB faz para que os atletas se sintam em casa em Paris?

Já é um processo estarmos atentos para além da Vila Olímpica, que é o local mais apropriado, adequado, onde os atletas habitam durante os Jogos. Mas temos, sim, uma base preparada, especial, em uma cidade próxima a Paris, em Saint-Ouen, a 600m da Vila. Nessas condições, os atletas poderão vir à base do Time Brasil para se alimentarem, para se tratarem de algum problema na área de saúde... temos algumas modalidades que poderão treinar... além dos locais de treinamento da Vila, que são muito concorridos, porque são muitos esportes, com horários limitados, os atletas poderão treinar na nossa base. Nosso pessoal que vai dar suporte aos atletas e que não estão credenciados para a Vila Olímpica, poderão atendê-los na base, sem problema algum. Vai facilitar o encontro com os atletas, entrevistas, o intercâmbio com torcedores, familiares e com o público em geral. Isso não aconteceria se ficássemos restritos somente à Vila Olímpica.

O quanto isso faz a diferença?

Esse reconhecimento por parte das delegações, das confederações, dos atletas, nosso público-alvo, é sempre positivo. Sabem que estão sendo acolhidos. O distanciamento em relação ao país é só físico. Tem toda a acolhida do brasileiro lá, inclusive a nossa alimentação básica, o feijãozinho, a carninha... são detalhes que agregam ao bem-estar do atleta.

E, diferentemente de Tóquio, haverá público para prestigiar os atletas do Brasil nas arenas...

É a Olimpíada da retomada. Não tivemos público em Tóquio, e Paris se apresenta como a retomada do movimento olímpico, um marco importante. Os fãs poderão assistir, haverá uma novidade enorme, que é a abertura no Rio Sena, com desfile das delegações em barcos e navios. O público vai poder assistir na beirada do rio. Estão prevendo 600 mil pessoas, o que jamais poderia caber em um ginásio ou estádio. Essa é uma grande novidade que Paris vai oferecer para os Jogos Olímpicos.

Fonte: GE

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