106,5 FM
Rádio Costa Oeste
O costa oeste News entrevistou Debora Lazzaris, veterinária da secretaria de Saúde em São Miguel do Iguaçu. Ela falou sobre as medidas de prevenção e controle dos escorpiões amarelos, que são responsáveis por mais de 90% dos acidentes com escorpiões no Brasil.
Segundo ela, a vigilância epidemiológica do município está atuando fortemente na captação dos escorpiões, que se reproduzem mais nos meses de agosto e setembro. “Eles são animais noturnos, que saem para se alimentar de insetos, como baratas e grilos. Por isso, é importante evitar que esses insetos entrem nas residências, mantendo o ambiente limpo e sem entulhos”, explicou.
Ela também orientou sobre como evitar que os escorpiões entrem nas casas. “É preciso fechar os ralos do banheiro e da pia, que muitas vezes eles usam como porta de entrada. Também é bom colocar uma borracha na soleira da porta, para impedir que eles passem por baixo. E não deixar lenhas, tijolos ou folhas acumuladas no quintal, pois eles podem se esconder nesses locais”, disse.
Debora alertou sobre os sintomas de uma picada de escorpião e o que fazer em caso de acidente. “A picada causa muita dor, irritação, vermelhidão e inchaço no local. O recomendado é lavar a região com água e sabão e colocar uma compressa de água quente. Mas o mais importante é procurar ajuda médica imediatamente, pois o veneno pode causar arritmia cardíaca e insuficiência renal”, afirmou.
Ela informou que o pronto atendimento do município dispõe de soro antiescorpiônico, que é aplicado nos casos mais graves. “O soro é a última opção, pois tem alguns efeitos colaterais. Antes disso, o médico vai avaliar o paciente e dar a medicação para dor e hidratação. O soro só é usado se houver necessidade”, esclareceu.
Debora também falou sobre as ações que a secretaria de saúde está realizando para controlar a população de escorpiões e evitar novos casos. “Nós pedimos para a população nos avisar quando encontrar um escorpião, se possível até guardar o animal para nós, pois nós enviamos para análise de laboratório. Nós também fazemos visitas domiciliares para orientar os moradores e identificar os focos. Quando há muitas reclamações em uma mesma quadra, nós organizamos buscas ativas noturnas”, contou.
Ela reforçou o contato da vigilância epidemiológica para quem quiser colaborar com a coleta de dados ou tirar dúvidas sobre os escorpiões. “O nosso telefone é 3565-8146. Você pode falar com a gente de endemias, que estamos à disposição”, finalizou.
Fonte: Costa Oeste News