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Rádio Costa Oeste
Nos últimos 12
meses, o pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, conquistou
espaço significativo nas operações financeiras junto à administração do Estado
do Paraná. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, 27% dessas transações foram
executadas por este meio de pagamento.
Uma análise dos dados feita pela Inspetoria de
Arrecadação Tributária da Receita Estadual mostra que, do total de 18,1 milhões
de operações de recolhimento efetuadas nos 12 meses encerrados em julho, 4,8
milhões foram processadas pelo pix. O destaque fica por conta do mês de janeiro
de 2023, quando ocorreram 1.023.211 pagamentos, ou 29% do total de 3.562.030
transações financeiras no mês.
"Os números demonstram uma aceitação crescente
dessa modalidade de pagamento nos recolhimentos ao Estado. Além de beneficiar o
contribuinte, o pix também traz vantagens para os cofres estaduais pois as
tarifas cobradas do Estado para esse meio de pagamento são menores quando
comparadas às outras modalidades", diz Thiago Serafim, coordenador em
exercício de Arrecadação da Receita Estadual.
Somente de janeiro a julho de 2023, os pagamentos
em pix resultaram em uma economia de aproximadamente R$ 5,3 milhões em tarifas
bancárias. O custo das operações tendem a ser 50% menores do que o cobrado por
pagamentos bancários tradicionais.
O pix passou a ser aceito em Guias de Recolhimento
do Paraná (GR-PR) no final de 2021, mas foi a partir de 2022 que sua utilização
ganhou tração. Hoje, quase 500 instituições financeiras já arrecadaram guias do
Estado por meio desse sistema.
A GR-PR é o instrumento que possibilita o pagamento
de diversos tributos estaduais, incluindo o Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre a Propriedade de Veículo
Automotor (IPVA), o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis Doação (ITCMD),
além de taxas de serviços públicos e outras receitas relacionadas a cobranças
feitas por órgãos públicos estaduais.
IPVA
A proporção de pagamentos por pix apresenta
variações sazonais. Entre janeiro e maio, quando são quitadas as parcelas do
IPVA, ela atinge um pico de 29% a 32% do total de recolhimento. Isso ocorre
porque os pagamentos de IPVA equivalem a 88% do total de operações de pix
recebidas pelo Estado.
A tendência de crescimento no uso do pix para
recolhimentos ao Estado é inegável. Nos 12 meses completados em setembro de
2022, a modalidade respondia por 16% do total de pagamentos. De lá para cá, o
índice cresceu até atingir os atuais 27% no último mês de junho.
No que diz respeito ao IPVA, os pagamentos cresceram
substancialmente, passando de 2,4 milhões de operações entre janeiro e julho de
2022 para 4,1 milhões no mesmo período deste ano, um aumento de 73%. Em termos
de valores, os pagamentos por pix ao Estado quase dobraram na mesma base de
comparação, saltando de R$ 1,06 bilhão para R$ 2,07 bilhões.
"O pix, com sua conveniência e agilidade, tem
se consolidado como uma opção atrativa tanto para os contribuintes quanto para
a administração pública, resultando em economia de gastos e modernização nos
métodos de pagamento ao Estado", diz o coordenador da Receita. "Os
dados mostram uma continuidade na expansão do pix, ou seja, a tendência de
crescimento deve se manter no futuro próximo".
INOVAÇÕES
O pix é uma das iniciativas de modernização em
pagamentos empreendidas pela Receita Estadual do Paraná. Recentemente, também
foi lançado o Portal de Pagamentos de Tributos, que reúne em um só lugar a
emissão de guias para diversos tipos de recolhimento, incluindo tributos
estaduais, taxas de inscrição em concursos e outros compromissos financeiros. O
portal faz parte da Nova Sistemática de Arrecadação, um conjunto de iniciativas
no âmbito do Profisco II, o projeto de modernização da gestão fiscal do Estado.
Além do Portal de Pagamentos, estão previstos um
Sistema Integrado de Arrecadação (SIA-PR) já ligado ao Siafic (Sistema de
Administração Financeira e Controle), o que permitirá ao Estado uma gestão mais
direta e eficiente na distribuição dos recursos financeiros aos destinatários,
aumentando a transparência e a eficiência na gestão fiscal.
Fonte: AEN