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Rádio Costa Oeste
Patrícia da Silva Franco, filha de Pedro e Marisa, mãe de Alana e casada com Júnior, é uma educadora social apaixonada pela área social. Ao buscar a reeleição para o Conselho Tutelar, Patrícia compartilhou as motivações: "Minha motivação é gostar de trabalhar na área social. Tenho uma filha de 7 anos e quero lutar pelas nossas crianças, que são as sementes de paz e esperança do nosso futuro. Acredito que posso contribuir com a comunidade através do conhecimento e experiência adquiridos ao longo do tempo, como Educadora Social e conselheira tutelar."
Quando questionada sobre como planeja lidar com casos de abuso infantil e negligência, Patrícia enfatizou o acolhimento: "Quando se fala de abuso, é delicado, pois pode ocorrer de várias formas. Como conselheira tutelar, procuramos primeiramente acolher a vítima, ouvir o que ela tem a nos falar. Hoje, contamos com a escuta especializada no município, respeitando o direito dela de falar ou não sobre o assunto. Garantimos um ambiente seguro e protegido, com medidas que visam o bem-estar dela. Em casos de negligência, buscamos orientar as famílias e fazer intervenções para ajudar."
Sobre a melhoria na comunicação e cooperação entre o Conselho Tutelar, escolas e instituições que trabalham com crianças, Patrícia destacou o envolvimento da rede de apoio: "O Conselho Tutelar já possui uma boa comunicação com a escola e unidades de saúde. Sempre buscamos melhorar e discutir casos, criando fluxos de atendimento para melhor atender nossas crianças, que são nossa prioridade."
Para envolver os pais e responsáveis no processo de proteção das crianças, Patrícia propõe: "A proteção à criança e ao adolescente é dever da família, da sociedade e do Estado. Acredito que envolver os pais em palestras, grupos e encontros é fundamental. O município possui a Escola de Pais, que oferece orientações sobre como lidar com crianças e adolescentes, promovendo a paciência, o entendimento e o conhecimento do ECA."
Sobre o bullying e a violência entre crianças e adolescentes, Patrícia explicou: "Nossas crianças não têm o mesmo alcance emocional dos adultos e lidam de maneira diferente com a frustração e o estresse, muitas vezes respondendo com agressão. O Conselho Tutelar procura notificar os pais e envolvê-los na escola e na convivência familiar para diminuir o bullying."
Quanto aos direitos das crianças com deficiência, Patrícia enfatizou: "Planejo garantir esses direitos com prioridade, pois são iguais aos de qualquer outra criança. A lei de inclusão é fundamental para promover a igualdade, e o Conselho Tutelar está lá para garantir que esses direitos sejam atendidos adequadamente."
Sobre o abuso de substâncias por parte de pais e responsáveis, Patrícia explicou: "Quando identificamos o uso de substâncias em uma família, procuramos intervir da melhor maneira possível. O uso de substâncias pode romper o vínculo afetivo e colocar a criança em situação de risco. Temos o CAPS para oferecer tratamento. Caso a família não adira às orientações, aplicamos medidas para proteger a criança."
Para apoiar programas educacionais sobre educação sexual nas escolas, Patrícia defendeu a discussão do tema: "A educação sexual é um assunto importante e deve ser discutido nas escolas para prevenir relações precoces e desprotegidas. Palestras e informações adequadas podem fazer a diferença."
Por fim, sobre o maior desafio enfrentado pelo Conselho Tutelar, Patrícia mencionou: "O maior desafio é a aceitação da comunidade. O Conselho Tutelar é um órgão protetivo, não punitivo, mas muitas vezes é visto de forma contrária. Precisamos mostrar à comunidade nosso papel de proteger as crianças e adolescentes."
Fonte: Costa Oeste News