Cerca de 90% das tornozeleiras eletrônicas utilizadas no Brasil são produzidas pela empresa de Curitiba. Ela atua no mercado desde a entrada em vigor da lei de execução penal em 2010, quando o Ministério da Justiça autorizou o uso deste equipamento. De lá para cá a demanda pelo produto só aumenta.
A fabricante fornece para 16 estados e para a área de abrangência da quarta região da Justiça Federal, o que inclui os presos da Operação Lava Jato. O equipamento é de fácil aplicação e monitoramento, basicamente com sinais de rádio rastreador por satélite e sistema GPS.
A medida faz parte de várias iniciativas do governo aplicadas pelo departamento penitenciário para frear o processo de encarceramento em massa nos presídios. O aparelho ajuda a fiscalizar a saída temporária e a prisão domiciliar de detentos condenados, que não podem tirar nem mesmo para tomar banho. Como o controle é rigoroso durante as 24 horas do dia, o índice de violações é inferior a 1% e nestes casos os presos podem regredir de regime.
Outra vantagem desta tecnologia é a relação custo benefício. Enquanto um preso do sistema custa em média R$ 3 mil, a locação de uma tornozeleira eletrônica equivale a menos de 10% deste valor.
Fonte: Catve