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Rádio Costa Oeste
Em entrevista ao Costa Oeste News, Camila Fernandes, representante dos voluntários Anjos de Patas, e Stanley Alves, policial civil, falaram sobre as ações que realizam em prol das causas animais na cidade. Eles abordaram temas como castração, leis, denúncias e feiras de doação de animais.
Camila contou que a Anjos de Patas realiza um trabalho voluntário, sem ajuda governamental, e que já castrou mais de 1.300 animais abandonados com doações. Ela também falou sobre o projeto Castra Móvel, que em 2019 realizou 719 castrações de animais com tutor, em parceria com o governo do Paraná. Segundo ela, há uma lei municipal que prevê o controle populacional de animais, mas que ainda não foi executada pela prefeitura.
“A questão da castração hoje, todas que foram realizadas no município, que foram mais de 1.300 castrações, foram todas feitas com doações. Todas feitas pela Anjos de Patas, para animais abandonados. E aí nós tivemos o Castra Móvel em 2019 que realizou 719 castrações, que daí foram animais com tutor e foi um projeto realizado pelo governo do Paraná, pelo castrapet, e após isso, a gente teve as reuniões foi feito a lei com a prefeitura, foi oficializado em maio de 2022, mas até o momento a gente não teve a lei executada. Então nessa lei prevê o controle populacional de animais”, afirmou.
Ela explicou que a castração é um método eficaz e ético de evitar a reprodução indesejada e o abandono de animais, além de prevenir doenças.
Stanley destacou que a delegacia da polícia civil recebe várias denúncias diárias sobre maus tratos a animais, como envenenamento, abandono e agressão. Ele compartilhou que a pena para quem comete esse crime é de 2 a 5 anos de reclusão, sem fiança, e que é importante que as pessoas denunciem os casos que presenciarem ou souberem.
“Nós temos desde envenenamento, ontem mesmo nós estávamos recebendo uma denúncia de envenenamento de gatos, ali no Jardim Floresta. Isso é constante aqui em São Miguel, as pessoas acham que para se livrar dos animais tem que acabar matando os animais e não é dessa forma que você vai combater o controle populacional. Nós trabalhamos em cima do controle populacional de animais através das castrações. As maiores denúncias que nós recebemos é justamente essas de animais acorrentados. As pessoas têm essa ideia de achar que não, como eu tô dando ração para ele, eu tô dando comida para ele, então não tá sofrendo maus tratos”, lembrou.
Ele ressaltou que a lei federal 14.064/2020, conhecida como Lei Sansão, aumentou a punição para quem praticar atos de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais. Ele disse que a delegacia conta com o apoio da Anjos de Patas e de outras entidades para realizar as investigações e os resgates dos animais vítimas de violência. Ele também fez um apelo para que as pessoas não abandonem os animais, e que procurem a adoção responsável. ]
“Eu faço um apelo, quando vê alguém abandonando o animal, anota a placa, liga na delegacia, anota placa e passa para nós, se vê alguém batendo em algum animal, um vizinho maltratando animal, dando paulada, judiando do animal, tenta filmar e manda para nós, a gente tem o maior prazer de ir lá. Pode enviar denúncia no 3565 8700”, disse.
Camila, por sua vez, falou sobre as feiras de doação de animais que a Anjos de Patas realiza periodicamente, em parceria com a Uniguaçu. Ela disse que são poucos os voluntários que conseguem se dedicar a esse trabalho, que é exaustivo fisicamente e emocionalmente. Ela relatou que já teve até caso de suspeita de estupro de cadela em São Miguel, e que a Anjos de Patas trabalha com conscientização pelas redes sociais, tentando sensibilizar as pessoas sobre a castração e o controle populacional. Ela também mencionou a microchipagem como um aliado para identificar os animais.
“Sim, o valor do Microchip fica em média R$ 14,00 e isso vai ajudar muito, porque você consegue identificar o animal”, defendeu.
Fonte: Costa Oeste News