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Rádio Costa Oeste
O Costa Oeste News realizou entrevista com o delegado do Sindicato das Classes da Polícia Civil do Paraná, Stanley, e Daniel Batista, que é investigador da Polícia Civil em São Miguel do Iguaçu. Eles falaram sobre os números positivos da delegacia, a atuação do sindicato, a Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, a participação política dos policiais e a situação da Guarda Municipal.
O investigador Daniel Batista apresentou um comparativo do triênio 2021-2022 e 2023, embora não tenha fechado o ano ainda, mas já tem uma expectativa. Ele destacou a diminuição de crimes contra o patrimônio na região de fronteira, principalmente no crime de roubo e nos furtos (São Miguel).
“Se for comparar, no ano de 2021, a gente teve 99 roubos e já agora no ano 2023, caiu para 72”, afirmou.
O investigador demonstrou otimismo com o resultado e atribuiu o sucesso à parceria com as forças de segurança, especialmente a Polícia Militar, que faz o primeiro atendimento. Ele também ressaltou o papel da comunidade na colaboração com a polícia.
“A gente trabalha em conjunto com as outras forças policiais, inclusive nós coletamos informações com eles, principalmente a Polícia Militar, que faz o primeiro atendimento, mas também o que é o mais essencial para nós, é a comunidade”, disse.
O delegado sindical Stanley falou sobre a atuação do sindicato, a Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, a participação política dos policiais e a situação da Guarda Municipal.
Ele explicou que o objetivo do sindicato é garantir os direitos e que a polícia civil realize um trabalho adequado para a sociedade, preservando os direitos dos policiais civis. Ele criticou o governo do estado, que fechou as portas para a categoria.
“O governo do estado ele fechou as portas para a categoria. Nós estamos propondo um serviço de maior qualidade para a sociedade. Recentemente foi aprovada uma lei um reenquadramento do Governo do Estado, mas o governo do estado não quis negociar com a gente”, lembrou.
Em contrapartida, ele elogiou o governo federal, que aprovou a Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, uma norma que regulamenta a polícia civil no Brasil, e que estava pendente desde a Constituição de 1988. Ele disse que essa lei traz mais garantias e direitos para os policiais civis, que sofrem com escalas abusivas e sobrecarga de trabalho.
“Recentemente nós tivemos aprovada a Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, a Constituição de 88 praticamente tem 35 anos e até a data de agora, não tinha nenhuma lei orgânica que regulamentava a polícia civil no Brasil. Então para ver como que nós estamos atrasados na questão de segurança pública. Às vezes a sociedade não entende as dificuldades dos policiais em trabalhar em escalas abusivas que nós temos policiais sobrecarregado de trabalho e aí vem uma lei orgânica nacional para regulamentar isso”, celebrou.
Sobre a situação da Guarda Municipal, ele defendeu que os servidores tenham segurança jurídica para exercer a função, e que não fiquem no limbo legal. Ele alertou que, caso haja algum problema, esses servidores podem responder na justiça, sem ter uma legislação que os ampare.
“Nós temos que dar segurança jurídica para aqueles servidores. Enquanto tiver tudo dando tudo certo, não tem problema nenhum. A partir do momento que der alguma coisa errada, esses servidores que estão no limbo, eles vão responder na justiça. Então às vezes nós temos em primeira instância, juiz, promotores que são favoráveis que a guarda municipal cumpra o seu dever funcional, que eu acho que é o certo, mas você não tem uma legislação que ampara eles, até essas garantias”, defendeu.
Por fim, ele falou sobre a participação política dos policiais civis, e disse que o sindicato está apoiando um projeto que visa inserir o policial civil no ambiente político, fazendo com que ele participe mais da comunidade, de associações, se filie e saia candidato. Ele disse que esse projeto foi lançado em um debate que foi feito em Foz do Iguaçu, e que é coordenado pela presidente do sindicato, Valquíria. Ele também revelou que já tem um nome a ser apresentado para São Miguel do Iguaçu, mas não quis divulgar. Ele aproveitou para deixar um recado para as eleições, e pediu que a população tome cuidado com quem coloca no poder, pois há pessoas vinculadas ao crime organizado na região de fronteira.
“Teve um debate que foi feito em Foz do Iguaçu, foi lançado um projeto que é a inserção do policial civil no ambiente político. Fazer com que o policial civil participe mais da comunidade, mais de associações, se filie, que saia candidato. Então aqui no Paraná o sindicato sinclapol através da nossa presidente a Valquíria, ela está com esse projeto. Quando você fala a respeito dessa discussão política, já tem um nome a ser apresentado para São Miguel do Iguaçu, sim, não é o meu, eu vou coordenar. Até porque eu ajudo o pessoal da causa animal. Aproveito para deixar um recado, nas eleições tomar muito cuidado com quem coloca no poder. Porque pessoas vinculadas ao crime organizado na região de fronteira é fácil. Nós temos né vários aspectos de pessoas vinculado a contrabando, agrotóxico e tráfico de drogas. Tem que tomar muito cuidado com isso”, alertou.
Fonte: Costa Oeste News