Um trágico incêndio ocorrido na última semana teve seu desfecho nesta quarta-feira (15 de novembro). Durante a madrugada, morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba o jovem Giovani Baierle da Silva, de apenas 19 anos de idade. Ele estava internado há mais de uma semana, após um incêndio atingir a casa de sua família e ele se queimar tentando salvar das chamas seus irmãos, duas crianças de apenas 7 e 12 anos de idade que também acabaram falecendo na ocorrência.

Tudo ocorreu no último dia 7, por volta de 2 horas da manhã, quando a casa de madeira da família de Giovani, localizada em Maringá, no norte do Paraná, começou a pegar fogo. Suspeita-se que tudo tenha começado por causa de um carregador de celular — as causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. A quantidade de materiais acumulados dentro do imóvel acabou servindo de combustível, ajudando as chamas a se propagarem rapidamente.

No momento do incêndio, Giovani estava em casa com seus três irmãos e a avó. Ele chegou a conseguir deixar a residência junto de uma criança de nove anos e a mulher, mas voltou para dentro do imóvel na tentativa de resgatar os outros dois irmãos.

Situações desse tipo, inclusive, estão em alta no Paraná em 2023. Segundo informações extraídas do Sistema de Estatísticas de Ocorrências do Corpo de Bombeiros do Paraná, o número de incêndios no estado em 2023, até o dia 15 de novembro, já supera o total de registros do ano anterior: são 12.312 casos neste ano, o que dá a média de uma ocorrência a cada 37 minutos. Em 2021, durante todo o ano, houve 11.802 registros. Curiosamente, o ano de 2023 foi um dos que mais teve chuva na história, principalmente no segundo semestre.

O número de mortes em incêndios, no entanto, ainda está num patamar menor em 2023 do que em 2022. Isso porque nos onze meses deste ano 52 pessoas faleceram em ocorrências desse tipo no estado, enquanto no ano passado, ao longo de todos os 12 meses de 2022, houve 65 óbitos.

Fonte: Bem Paraná