Em visita à EXPO São Miguel, que acontece de 24 a 27 de novembro de 2023, o presidente da Lar cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, avaliou a iniciativa da prefeitura em parceria com a Acismi e viu o evento com otimismo e esperança de que seja uma oportunidade para impulsionar a economia local e valorizar os produtores da região. Em entrevista, ele falou sobre a percepção da Expo, a ameaça da gripe aviária e o balanço do ano da Lar cooperativa.

Percepção da expo

"Eu acho que é bem importante. São Miguel do Iguaçu é o município pujante, talvez um dos que tenha a maior área agricultável da nossa região e agora praticamente se colocando entre os primeiros, senão, o maior produtor de frango também, é disputando palmo a palmo com Santa Helena, que também é o município tem uma extensão grande e que tem uma avicultura muito forte. Então fazer agora este evento a Expo São Miguel, uma roupagem nova eu acho que traz um ânimo e a região é muito forte e ela precisa desses eventos, desses espaços para se encontrar, para curtir um pouco e também para aumentar a autoestima", afirmou.

Ameaça da gripe aviária

Irineo alertou para o risco da gripe aviária, as quais podem ser trazidas por aves migratórias que buscam regiões mais quentes no verão. "É uma ameaça enorme ao nosso país. Até agora, nós estamos livres de gripe aviária e às vezes as pessoas acham que tá tudo bem, que passou e o problema não passou, porque agora, que na entrada do verão é que começam as aves migratórias, que vem buscar uma região mais quente e isso pode trazer esse vírus por essas aves, que são hospedeiras vir aqui aos nossos lagos, nossas lagoas, mesmo açudes, paradouros dessas aves, isso é um risco muito grande de contaminar no nossos plantéis. Se pegar uma avicultura de fundo de quintal, identifica o foco e resolve ali. O que não pode pegar é a avicultura comercial ou seja um aviário comercial, porque aí toda a avicultura brasileira, ela fica então sob o risco de não sermos mais um país livre de gripe aviária. É uma luta de todos, nenhum produtor de frango pode descuidar, não podemos cuidar na nossa logística, em todos os locais aonde o frango transita, seja matéria prima, fazer ração, a ração para os aviários, a coleta do frango, o processo industrial gira até o porto, tudo isso são pontos de risco", explicou.

Balanço do ano da Lar cooperativa

Irineo também fez um balanço do ano da Lar cooperativa, que enfrentou um período de prejuízo devido ao alto custo dos grãos, mas que conseguiu se recuperar nos últimos meses. "Nós estamos passando um ano extremamente desafiador, o preço alto dos grãos, até podemos dizer o mês de agosto, isso elevou muito o custo das carnes, não só do frango, de suínos também. Então nós tivemos aí 7, 8 meses com prejuízo nessa pecuária e agora felizmente pro final do ano temos tido os meses melhores, mas não vai ser suficiente para nós fecharmos uma agricultura com resultado positivo. Não será positivo. Ficará um déficit se Deus quiser, pra gente superar isso até o mês de março quem sabe, mas aí precisamos contar que a gripe aviária não venha nos atingir", finalizou.

Fonte: Costa Oeste News