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Rádio Costa Oeste
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Miguel do Iguaçu, Evandro Ghellere, concedeu entrevista ao Costa Oeste News nesta sexta-feira (15) para falar sobre os avanços conquistados pelo sindicato durante o ano de 2023.
Ghellere lembrou que o mês de janeiro foi desafiador, considerando a seca, mas que no decorrer do ano as coisas foram melhorando. Segundo ele, a grande conquista se deu para o agricultor familiar.
"A principal conquista nossa foi a baixa do juro para o agricultor familiar. Nós tivemos uma redução do juro na hora dele financiar, uma conquista que a gente conseguiu na metade do ano. A gente conseguiu também, um aumento na questão do financiamento, os agricultores tinha até um certo limite, mas a gente com a nossa federação, agente conseguiu também aumentar o limite de financiamento", disse Ghellere.
Quando o assunto é aposentadoria, o presidente do sindicato afirmou que hoje o agricultor não precisa ir até o INSS para se aposentar. "Ali no sindicato nós fazemos toda a parte de aposentadoria do agricultor. Hoje o agricultor não precisa estar indo até o INSS para se aposentar, ele pode fazer tudo pelo sindicato. Nós temos a nossa equipe, nós temos o um sistema do INSS, onde o agricultor traz toda a documentação e a gente encaminha toda ela pelo sindicato", explicou.
No entanto, Ghellere também destacou que o agricultor deve tomar cuidado ao fazer contratos de parceria, comodato e arrendamento. "O INSS cruza muitas informações, o agricultor tem que tomar muito cuidado na hora de fazer um contrato, se ele vai e por exemplo, ceder um pedaço da sua terra. Hoje esses três tipos de contrato comodato, parceria e arrendamento, você tem que tomar muito cuidado", alertou.
O presidente do sindicato também falou sobre a agenda que cumpriu em Brasília. "Fui cumprir uma agenda voltado para área da agricultura, recebemos um convite para participar de uma audiência pública na capital federal, através do deputado federal Sérgio Souza (MDB), sobre uma audiência pública da umidade da soja”, disse.
Ghellere explicou que a China e o Ministério da Agricultura (MAPA) estão querendo mudar a umidade da soja, que hoje é de 14º. "Eles querem diminuir para 13º, isso é uma perca muito grande pro nosso Brasil", afirmou.
"Para você ter uma ideia, cada grau que a soja diminui na umidade por exemplo, de 14 para 13 ele vai perder 1.15% do peso ou seja, nós estamos hoje graças a Deus tá chovendo bem no nosso município, fazendo uma conta aí mais ou menos de uma média de 130 sacas de soja por alqueire, o nosso município vai deixar de produzir 30.000 sacas de soja nessa safra", disse.
"Isso representa mais de R$ 4 milhões de reais que os agricultores deixariam de ganhar por essa medida. Esses 30.000 sacos a menos seria no peso, por exemplo, o volume não vai mudar nada. A China quer exigir a compra de 13º à umidade da soja. Foi feito é um levantamento e todos os navios que saem dos portos do nosso Brasil, sai abaixo de 13° ele já tá saindo essa umidade, então por que que o agricultor vai ter que ter esse desconto na hora de da produção? então é uma produção que vai simplesmente sumir", concluiu Ghellere.
Por fim, o presidente do sindicato convidou os associados para a assembleia de previsão orçamentária que será realizada na quarta-feira (20), às 9 horas da manhã.
Fonte: Costa Oeste News