Auditores da Receita Federal em várias regiões do Paraná decidiram paralisar as atividades nesta terça-feira (19). A mobilização dá continuidade ao protesto da semana passada que anunciou várias paralisações, em caráter nacional, às terças e quintas. Os servidores são contra o atraso do governo em enviar um projeto de lei ao Congresso para reajustar os salários da categoria.
Os principais serviços prejudicados no estado são os setores de fiscalização e liberação de cargas de importação e exportação. Além disso, pode haver prejuízos em despachos aduaneiros, serviços de malha e análises de restituições.
Segundo representantes dos sindicatos, centenas de funcionários estão parados em Curitiba, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e no Porto de Paranaguá.
Em Maringá, 50 servidores não estão trabalhando nesta terça-feira, por isso não há liberação de nenhum tipo de carga que chega de trem no porto seco na cidade.
Na região de Londrina, são 80 auditores paralisados, somente ações ligadas a operações da Polícia Federal e do Ministério Público do Paraná (MP-PR) não foram paralisadas. No aeroporto, apenas mercadorias perecíveis ou medicamentos serão liberados.
No Porto de Paranaguá, cerca de 25 auditores aderiram à paralisação. O sindicato da categoria informou que cargas que estejam com todas as documentações serão liberadas. No entanto, mercadorias com algum dado incorreto ou com problemas na documentação (como falha no documento de origem ou histórico do exportador) ficarão paradas no porto até quarta-feira (20).
Na região oeste, em Foz do Iguaçu, 40 pessoas aderiram ao movimento e nenhum serviço que necessite dos auditores será realizado. Cargas que chegam ao porto seco e ao aeroporto internacional não serão liberadas.
Segundo o Sindifisco, em dias normais, a Receita costuma liberar cerca de 400 a 500 caminhões por dia. Nos dias de mobilização, este número deve ser reduzido em pelo menos 50%.
A tendência é aumentar o número de veículos parados nos estacionamentos dos portos de Foz e Paranaguá ao longo do mês, uma vez que as atividades serão realizadas em menos dias da semana.
Fonte: G1