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Paraná é o maior produtor de carne suína para consumo interno, aponta Boletim Agropecuário

O Paraná forneceu aproximadamente 992 mil toneladas de carne suína para o mercado interno. Na sequência temos Santa Catarina (916 mil toneladas) e o Rio Grande do Sul (628 mil toneladas).

Paraná é o maior produtor de carne suína para consumo interno, aponta Boletim Agropecuário

De acordo com a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 o Paraná foi o estado que mais produziu carne suína proveniente de abatedouros com chancela do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), ou seja, que, de maneira geral, pode ser comercializada apenas dentro do estado. A análise dos dados está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 15 a 21 de março. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Somando o volume de carne suína que, de forma geral, pode ser comercializada apenas no município de abate; com a carne que pode ser comercializada apenas no estado; e com a estimativa da carne suína com inspeção federal que não foi exportada, o Paraná foi o estado que mais forneceu carne suína para o mercado interno (aproximadamente 992 mil toneladas). Na sequência temos Santa Catarina (916 mil toneladas) e o Rio Grande do Sul (628 mil toneladas).

O Paraná foi responsável por 21% da produção de carne com SIE no Brasil, com aproximadamente 161 mil toneladas, seguido por Minas Gerais (18,4%) e Santa Catarina (16,6%). Em comparação ao ano anterior, no Paraná houve um incremento de 5,15% no total de carne suína produzida com inspeção estadual. Já em relação à carne suína com chancela do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que, em geral, permite a comercialização apenas no município do abatedouro, Minas Gerais foi o primeiro colocado com 29,5% da produção (cerca de 23 mil toneladas), seguido pelo Rio Grande do Sul (27,3%) e Paraná (14,0%).

Santa Catarina liderou a produção de carne suína em abatedouros com chancela do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que, de maneira geral, pode comercializar em todo o Brasil e ainda realizar exportações. Foram produzidas cerca de 1,4 milhões de toneladas (32,4% da produção nacional de carne suína com chancela SIF).

O Paraná ficou em segundo lugar com 22,2%, e o Rio Grande do Sul em terceiro com 18,0%. Do total produzido em abatedouros com SIF, que permite a mais ampla faixa de comercialização (nacional e internacional), estima-se que Santa Catarina exportou aproximadamente 45,7% da carne suína produzida (cerca de 658 mil toneladas), Rio Grande do Sul 34,5% e Paraná 17,0%.

De acordo com o Deral, esses dados explicam por que o Paraná foi o segundo maior produtor de carne suína em 2023 e o terceiro maior exportador.

FRANGO - A análise sobre a produção avícola também considera os dados do IBGE divulgados na semana passada, na Pesquisa Trimestral de Abates de Animais. O abate nacional de frangos de corte alcançou 6,282 bilhões de aves em 2023, registrando um aumento de 2,8% em comparação com o mesmo período de 2022 (6,110 bilhões), marcando assim o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997.

CARNE BOVINA – Apesar do otimismo inicial com a nova habilitação de frigoríficos pela China, a arroba do boi gordo voltou a cair discretamente, acumulando 2,93% de queda no mês. Pressionados por um cenário onde os abatedouros se sentem confortáveis o suficiente para pautarem as negociações, ofertando valores abaixo da média para compra devido à sólida disponibilidade de fêmeas, os produtores se aproveitam das últimas semanas antes da queda de qualidade nas pastagens para tentar negociar preços mais atrativos antes de perderem capacidade de retenção.

LEITE E SOJA - Sobre o leite a soja, o Boletim analisa dados do Agrostat. Em fevereiro o Brasil importou 25,8 mil toneladas de lácteos, volume 30% maior do que o registrado no mesmo mês de 2023. Em comparação a 2022 o volume é quase três vezes maior.

No primeiro bimestre de 2024 o Paraná exportou 2,5 milhões de toneladas do complexo soja (grão, farelo, óleo e demais derivados). Este volume é 349% maior que no mesmo período de 2023. Já o montante financeiro transacionado foi de 1,22 bilhão de dólares, 118% maior que no ano anterior. Apesar do volume expressivo embarcado neste início de 2024, as exportações totais para o ano devem ficar abaixo de 2023, pois a disponibilidade de soja é menor nesta safra.

MILHO E FEIJÃO - Segundo o Deral, a situação climática em março não está sendo favorável para a segunda safra de milho 2023/24, com calor intenso e chuvas irregulares em boa parte do Estado. O mesmo pode ser dito sobre o feijão, cujas lavouras tiveram uma piora nesta semana devido ao calor excessivo. Atualmente 93% da área apresenta condições boas, ante 98% na semana anterior.

TRIGO - Em 2024 a cultura do trigo deve ocupar uma área menor que a colhida em 2023 no Paraná em função da relação de rentabilidade apresentada pelo Boletim. A primeira projeção de área será divulgada na próxima quinta-feira (28) pelo Deral, refletindo a expressiva queda de rentabilidade observada para a cultura.

OLERÍCOLAS - Sobre as olerícolas, o Boletim traz informações dos preços. Quando se analisa o comportamento dos preços mais comuns praticados nos 30 principais produtos hortifrutigranjeiros comercializados na unidade de Curitiba das Ceasa Paraná, do início de 2024 até a semana passada, observa-se que em 17 deles as cotações subiram, oito baixaram e cinco se mantiveram estáveis no período. Esta unidade transaciona cerca de 2/3 do volume total - 1,3 milhão de toneladas - dos cinco entrepostos distribuídos no estado e neste elenco proposto são: dezessete olerícolas, doze frutas e um produto de granjas (ovos).

Fonte: Seab

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