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Rádio Costa Oeste
Em um complexo de aviários, em Cafezal do Sul, no noroeste do estado, está localizado o maior núcleo de produção de frangos para corte da região. São 12 pavilhões com 42 mil animais em cada.
Os aviários de Cafezal do Sul são integrados com um frigorífico de Umuarama que fornece a carne de frango para o Brasil e outros 24 países. Recentemente, uma nova embalagem começou a ser produzida: com escritas em mandarim. Isso porque o local conseguiu habilitação para exportar para a China.
O gerente de operações Fábio Roberto Lochi explica as mudanças que tiveram que ser implementadas devido a novidade. “Tivemos que implementar alguns controles a mais de processos, vários treinamentos, capacitação de profissionais e algumas adequações desde o recebimento das aves, passando pelo processamento, congelamento, até a expedição”, detalha.
Ao todo, a China habilitou, em uma única vez, 38 frigoríficos brasileiros. Dos oito de frango, quatro ficam no Paraná - outras 14 estão habilitadas.
Mercado em crescimento
Nos últimos 10 anos, o abate de frango no estado cresceu quase 38%. O grande impacto nos frigoríficos, neste primeiro momento, é a produtividade que deve sentir os efeitos da nova habilitação. Atualmente são abatidos 160 mil frangos por dia na unidade. A expectativa é de que esse número cresça nos próximos meses.
Em 2023, as exportações do Paraná bateram recorde e movimentaram mais de 25 bilhões de dólares. A carne de frango ficou em segundo lugar, atrás da soja, com 14,5% de participação e uma receita de mais de 3,8 bilhões de dólares. Só a China foi responsável por quase metade desse valor.
Com as novas habilitações, o Paraná deve se consolidar ainda mais como líder absoluto na produção e comercialização de carne de frango no Brasil. “Quem está hoje habilitado para a China, a nível mundial, ganha uma visão que tem controle, qualidade e segurança já operando”, finaliza Fábio.
Fonte: G1