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Rádio Costa Oeste
A atualização mensal dos números da safra paranaense de trigo, divulgada neste mês de abril, reafirma a tendência de retração da área plantada. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a estimativa indica uma redução de 19% na área cultivada em comparação com o ano anterior, passando de 1,41 para 1,14 milhão de hectares.
Mesmo com essa revisão, os números ainda são menores do que o esperado, principalmente em um contexto de preços ao redor de R$ 65,00, registrados no dia 24/04. Houve uma leve valorização em relação ao mês anterior, quando a saca estava cotada em torno de R$ 64,00. No entanto, os preços internos pouco foram influenciados pela valorização das cotações internacionais e do dólar mais valorizado, não sendo suficientes para alterar a perspectiva dos produtores em relação ao cultivo de trigo.
Atualmente, cerca de 5% da área projetada já está semeada, com os trabalhos ocorrendo em boas condições. A semeadura continuará em andamento sob a neutralidade do oceano Pacífico, mas durante o desenvolvimento da cultura, há previsão de retorno do La Niña. Esse cenário aumenta o risco de seca e geada e diminui o risco de chuvas na colheita, problemas comuns no Estado.
Caso o Paraná saia ileso da transição entre os fenômenos climáticos, a produção de trigo pode superar a do ano anterior, com as produtividades normalizadas compensando a redução de área. Atualmente, a projeção aponta para uma safra de 3,8 milhões de toneladas em 2024, o que representa um aumento de 4% em relação às 3,6 milhões de toneladas obtidas em 2023.
Fonte: Agrolink